Carlos Castelo publica livro de
minicontos
Ironia, intensidade e situações
absurdas se combinam nos 101 brevíssimos relatos reunidos em “Cacos”, de Carlos
Castelo; o texto da orelha é de Gregorio Duvivier
Humor e situações absurdas se combinam nos 101 minicontos do livro Cacos, de Carlos Castelo. De acordo com José Eduardo Degrazia, no prefácio da obra, as narrativas transmitem “o máximo de intensidade com o mínimo de palavras”.
Conhecido pela irreverência
frente à banda Língua de Trapo, Castelo não é diferente na literatura. Em seus
relatos ficcionais, alguns com duas ou três linhas, destacam-se o nonsense da
vida — e um humor mais macabro, também, como quando o aluno de escrita criativa
mata seu professor e colegas a machadadas para ter uma boa história.
Outro exemplo para entender o
estilo do autor está em Achados e perdidos: “Um pouco alcoolizado no
sambódromo, acredito que fiz sexo com quatro pessoas ao mesmo tempo. Estava
escuro e desconfio que um deles era um cão. Ao acordar, senti falta da minha
correntinha com o crucifixo”.
“Se um romance é uma maratona, o
microconto são cinquenta metros rasos. Carlos convoca todos os músculos da palavra
para atingir o mais rápido possível a linha de chegada”, escreve Gregorio
Duvivier no texto de orelha.
Fonte: rascunho.com.br
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