Fonte: Cidade Verde/Google |
O Piscinão do Visconde
Carlos Rubem
Passei as festividades do Ano Novo em Teresina. Ontem (02.01.2022), fui a Oeiras, levar o meu neto, o infante Joaquim Miguel, onde moramos, que veio, às pressas, no SAMU Avançado, à Capital, na antevéspera do réveillon, submeter-se a tratamento de saúde, vomitava muito. Afastada a suspeita de diabetes, meningite, broncopneumonia. Foi acometido de severa sinusite.
Acordei-me manhã cedo, hoje. Retomei a leitura do livro “Marcas que marcam”, substancioso relato do publicitário Silvio Leite. Abatia sobre a cidade torrencial chuva atingindo mais de 100ml, certamente. Algumas avarias constatadas.
Chamou-me atenção o “Piscinão do Visconde” que se formou no Momento 24 de Janeiro, localizado às margens da BR 230, no sentido que demanda a Picos, divulgado, em vídeo, nas redes sociais.
Quis logo conferir este previsível alagamento, mas, por obrigação moral, cabia-me assistir à posse administrativa da nova Diretoria da OAB/PI, Subsecção de Oeiras, da qual o meu filho, Gérson Oeirense, é o Tesoureiro desse colegiado.
Depois do almoço, retornei à Cidade Verde. Antes fui conferir o estrago havido naquele equipamento público. Cena triste de se ver!
Desde 2014, venho me batendo sobre aquele marco levantado em reverência à data cívica que assinala a efetiva “Adesão do Piauí ao Grito do Ipiranga”, movimento emancipacionista muito bem urdido pelos nativos, sob a liderança de Manoel de Sousa Martins — Visconde da Parnaíba —, que apeou do poder os portugueses que administravam a Capitania do Piauí, sendo Oeiras sede do governo, então. Nova ordem política foi instituída.
Depois de tantos reclamos e omissão de muitos, enfim, no dia 13.08.2021, a obra foi inaugurada, com a presença do ilustre conterrâneo Welington Dias, governador do Estado e luzida comitiva.
Mas uma iconografia referente a tal efeméride ainda não foi exposta ao distinto público. Espera-se que isto ocorra o quanto antes, inclusive por se tratar o fluente ano do Bi-Centenário da Independência do Brasil.
Salta aos olhos a necessidade de se engenhar uma pavimentação ao derredor daquele prédio de apelo turístico-cultural. Servirá de estacionamento e consequente escoamento das águas pluviais.
Lá, existe uma rampa de acesso que serviu, ante o toró matutino, de vertedouro pelo avesso. Ante o charco constatado, as águas se direcionaram para o subsolo onde há um espaço reservado para galeria de artes.
É bem verdade que na vizinhança está sendo construído um condomínio residencial pela Invicta Incorporadora, do Grupo Engipec, que contribuiu, sobremodo, para a aludida inundação, uma vez que uma camada de areia se formou, provinda da área em tela, no meio da rua potencializando dano material (e moral).
Independentemente disso, impõe-se a adoção de obras complementares visando evitar este tipo de transtorno.
Antes de empreender viagem, fiz imagens daquele desolador cenário. Garotos banhavam naquela sazonal poça.
Lembrei-me dos mergulhos que dei no velho Riacho Mocha, judiado pela cidade ingrata.
Importante divulgar, para conscientizar e preservar tantos locais históricos de nosso Estado. Não tenho observando se no espaço cívico da Batalha do Jenipapo na BR de acesso à Campo Maior, houve alguma manutenção ou divulgação para visitação...
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