sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

ENTRE A FICÇÃO, O SONHO E A IRREALIDADE

Fonte: Google

 

ENTRE A FICÇÃO, O SONHO E A IRREALIDADE


Antônio Francisco Sousa – Auditor-Fiscal (afcsousa01@hotmail.com)

 

                Neste primeiro parágrafo, vou tentar interpretar a suprarrealidade ou irrealidade transcrita em texto jornalístico que li, travestida na forma de publicidade oficial feita pelo estado, visando enfatizar o muito mais que poderia ser feito caso fosse eleito governador o candidato que o atual e seu partido apoiam como sendo o substituto natural. Hiperboliza o informe publicitário, quero dizer, a notícia, que o presente inquilino do palácio de Karnak autorizou fosse publicado, não ousaria dizer se como restou impresso, que em dois mil e três, quando assumiu o primeiro dos seus vários mandatos governamentais, apenas sessenta e seis municípios mafrensinos eram servidos ou interligados pela malha rodoviária do estado, ainda assim, com cerca de mil e quinhentos quilômetros de estradas em situação muito ruim; já, agora, em dois mil e vinte e dois, até o final de sua gestão, ele garante que os duzentos e vinte e quatro municípios estarão servidos de boas estradas, algo em torno de seis mil e quinhentos quilômetros de rodovias inteiramente asfaltadas. É como se afirmasse: não fosse ele, já que os demais gestores nada fizeram em relação aos cento e cinquenta e oito municípios abandonados, no que tange a construção, restauração ou recuperação da malha viária – não é difícil chegar a essa dedução a partir da leitura do texto que serviu de base a este arrazoado –, tais cidades e seus povoados ainda estariam sendo servidos por estradas de péssima qualidade, isso caso muitas delas não houvessem sucumbido ante o desgaste e envelhecimento que, naturalmente, vêm com o transcurso do tempo, principalmente, se nenhuma intervenção do poder público ocorre. Claro que não foi o que aconteceu, diversos de seus sucessores e antecessores, e, até por conta disso, ele, o atual governante, pode se dar ao luxo de vangloriar-se às escâncaras, açambarcando todas as glórias para seu governo - vai falar bem dos outros por que, se a intenção, senão subliminar, sub-reptícia é engabelar, isto é, ganhar a confiança e o a apoio do eleitor desavisado? -, reformaram, restauraram, deixaram que piorassem outras, mas melhoraram muitas delas, enquanto ampliavam a malha viária com milhares quilômetros de novas estradas, ou deixando recursos para que pudessem ser feitas, construídas, pelos que lhes seguiriam.

                Neste parágrafo meto-me em elucubrações e divagações feitas a partir de reportagem disponibilizada pela rede mundial de computadores, a que vi e li, sobre o jogador Cristiano Ronaldo e seu filho Cristiano Júnior, que já é frequentador das escolinhas mantidas pelo clube inglês que contrata o pai, Manchester United. Dizia lá o pai do garoto que “Cristianinho” não seria forçado a nada, faria aquilo pelo que demonstrasse mais aptidão, vocação, maiores pendores. Aí, ocorreu-me o seguinte, suposto e fictício diálogo entre os dois, ante a possibilidade, tão recorrente em casos semelhantes, de o filho não puxar ao pai, sendo este um atleta ou artista fora de série, muito bom: - Pai, e se eu não conseguir jogar tão bem quanto o senhor, como é que fica? – Esquente não, filho. Antes de seu pai, o mundo do futebol viu craques maravilhosos: Pelé, Maradona, Zico, Zidane; dois xarás: Ronaldo Nazário (Fenômeno), Ronaldinho (gaúcho); um baixinho infernal chamado Romário ... – Mas pai, eles jogaram tanto quanto você? - Filho, alguns deles, sim, até mais; inclusive, serviram de inspiração para mim. – Ah! Assim fico mais tranquilo; afinal, o senhor mesmo está dizendo que existiram outros melhores, antes de você. E hoje, pai, reconhece que haja alguém melhor? – Uns poucos outros talvez pensem ou se vejam como tão bons quanto seu pai. – Quem, pai, daria para citar nomes desses caras? – Um polonês de nome difícil, Robert Lewandowski, um francês, de nome e caráter mais complicados ainda, Kilian Mbappé, e um ótimo brasileiro, Neymar, como você, júnior. – Que bom, pai, então posso tentar ser, senão como o senhor, semelhante a um desses jogadores que citou. – Filho, como já lhe falei, pouco importa se você será ou não um grande futebolista, um cientista competente, um engenheiro renomado, um respeitado e respeitável professor; a qualquer profissão a que se dedicar vai sempre poder contar com meu apoio e minha torcida. O que quero, de fato, tanto para você, quanto para seus irmãos, é que sejam todos felizes. – Obrigado, pai, vou fazer tudo para ser bom em alguma coisa, como o senhor foi e é no futebol. – É assim que deve pensar, filho. -Todavia, se no final das contas você terminar optando pelo futebol, eu iria ficar extremamente feliz e, certamente, deveras realizado, se, aos olhos do mundo, meu filho, Cristiano Ronaldo Júnior, jogasse tanto quanto um argentino miúdo que ainda anda por aí. – Quem é ele, pai? - Um tal de Lionel Messi. – De esse você havia esquecido, papai. – Na verdade, nem havia lembrado; mas deixa para lá... 

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