quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Discurso do Professor Carlos Evandro Martins Eulálio

 

Arlindo Leão, dona Rita de Cássia, professor Carlos Evandro, prefeito Mão Santa e poeta Diego Mendes Sousa


Discurso do Professor Carlos Evandro Martins Eulálio, da Academia Piauiense de Letras, ao receber a Medalha e o Diploma do Mérito Municipal de Parnaíba do prefeito Mão Santa, na Solenidade alusiva aos 200 anos da adesão de Parnaíba à Independência do Piauí, em 19/10/2022.  

 

Excelentíssimo Senhor Prefeito, de Parnaíba, Francisco de Assis Moraes Sousa (Mão Santa), Excelentíssimo Senhor Superintendente de Cultura de Parnaíba, Arlindo Ferreira Gomes Neto (Arlindo Leão), Poeta e advogado Diego Mendes Sousa e demais autoridades presentes a esta solenidade.

Muito me honra receber esta homenagem, porque ela representa uma das mais significativas formas de reconhecimento, fora de minha cidade natal, como professor e leitor especializado na análise do discurso Literário. É com humildade que a recebo e, por esse motivo, quero partilhá-la com todas as pessoas que contribuíram para que eu a merecesse: os organizadores deste evento, os meus antigos professores, os meus alunos, os meus filhos e netos e, em especial, minha mulher Rita de Cássia, aqui presente nesta solenidade.   

Os meus vínculos com Parnaíba devem-se ao mar e à literatura. O primeiro, como sonho de todo piauiense, nascido na Chapada do Corisco: conhecer mar e seu encantamento. O segundo, como leitor das obras de Assis Brasil, Alcenor Candeira, Diego Mendes Sousa, Elmar Carvalho, Everaldo Moreira Veras, Ovídio Saraiva, Renato Castello Branco, e de tantos outros notáveis desta terra que se destacaram e se destacam como grandes nomes da literatura brasileira. 

O educador Rubem Alves, na obra Concerto para o corpo e alma, diz que, “na vida, cada momento de beleza vivido e amado, por efêmero que seja, é uma experiência completa que está destinada à eternidade”. Esta tarde, em que recebo tão elevada homenagem, ficará gravada eternamente em minha memória. Agradeço mais uma vez a esta cidade amiga e acolhedora, aos amigos que aqui residem, ao nosso estimado prefeito Mão Santa, e a todos que me proporcionaram este momento de alegria inesquecível. Encerro minhas breves palavras com estes versos de Drummond*:

“Amar o perdido

deixa confundido

este coração.

 

Nada pode o olvido

contra o sem sentido

apelo do Não.

 

As coisas tangíveis

tornam-se insensíveis

à palma da mão.

 

Mas as coisas findas,

muito mais que lindas,

essas ficarão.”

                    

Muito obrigado a todos.

 

*ANDRADE, Carlos Drummond de. Memória. In Claro Enigma Record, 1991.

Nenhum comentário:

Postar um comentário