Arlindo Leão, dona Rita de Cássia, professor Carlos Evandro, prefeito Mão Santa e poeta Diego Mendes Sousa |
Discurso do Professor Carlos
Evandro Martins Eulálio, da Academia Piauiense de Letras, ao receber a Medalha
e o Diploma do Mérito Municipal de Parnaíba do prefeito Mão Santa, na
Solenidade alusiva aos 200 anos da adesão de Parnaíba à Independência do Piauí,
em 19/10/2022.
Excelentíssimo Senhor Prefeito,
de Parnaíba, Francisco de Assis Moraes Sousa (Mão Santa), Excelentíssimo Senhor
Superintendente de Cultura de Parnaíba, Arlindo Ferreira Gomes Neto (Arlindo
Leão), Poeta e advogado Diego Mendes Sousa e demais autoridades presentes a
esta solenidade.
Muito me honra receber esta
homenagem, porque ela representa uma das mais significativas formas de reconhecimento,
fora de minha cidade natal, como professor e leitor especializado na análise do
discurso Literário. É com humildade que a recebo e, por esse motivo, quero
partilhá-la com todas as pessoas que contribuíram para que eu a merecesse: os
organizadores deste evento, os meus antigos professores, os meus alunos, os
meus filhos e netos e, em especial, minha mulher Rita de Cássia, aqui presente
nesta solenidade.
Os meus vínculos com Parnaíba
devem-se ao mar e à literatura. O primeiro, como sonho de todo piauiense,
nascido na Chapada do Corisco: conhecer mar e seu encantamento. O segundo, como
leitor das obras de Assis Brasil, Alcenor Candeira, Diego Mendes Sousa, Elmar
Carvalho, Everaldo Moreira Veras, Ovídio Saraiva, Renato Castello Branco, e de
tantos outros notáveis desta terra que se destacaram e se destacam como grandes
nomes da literatura brasileira.
O educador Rubem Alves, na obra
Concerto para o corpo e alma, diz que, “na vida, cada momento de beleza vivido
e amado, por efêmero que seja, é uma experiência completa que está destinada à
eternidade”. Esta tarde, em que recebo tão elevada homenagem, ficará gravada
eternamente em minha memória. Agradeço mais uma vez a esta cidade amiga e
acolhedora, aos amigos que aqui residem, ao nosso estimado prefeito Mão Santa,
e a todos que me proporcionaram este momento de alegria inesquecível. Encerro
minhas breves palavras com estes versos de Drummond*:
“Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão.
Mas as coisas findas,
muito mais que lindas,
essas ficarão.”
Muito obrigado a todos.
*ANDRADE, Carlos Drummond de.
Memória. In Claro Enigma Record, 1991.
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