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CASTELOS DE AREIA E DE CARTAS
Elmar Carvalho
Foi lançado ontem, na Academia
Piauiense de Letras, o livro Castelos de Areia, do escritor e médico Marcus
Sabry. O autor nasceu em Parnaíba, em 1970. É descendente das famílias Sabry,
do Egito, e Azar, da Arábia Saudita, vindas para o Brasil no final do século
XIX. Formado em medicina pela Universidade Federal do Piauí, da qual é hoje
professor. Fez residência e doutorado na Universidade Federal de São Paulo.
Na solenidade, houve interessante
e agradável palestra do escritor, ilustrada com belas e elucidativas imagens e
gráficos, exibidos através de data show. Em sua fala, de forma sucinta, ele
expôs suas ideias, que, por via agradável, suave e sutil estão contidas no
livro, por intermédio da ficção. Segundo a tese do conferencista, a humanidade
terá menos problemas e, consequentemente, melhor qualidade de vida, quando,
predominantemente, alcançar em percentuais mais elevados os estágios da
racionalidade e da ciência, com a fase mágica ficando bastante reduzida. Nesta
última etapa (mágica), as pessoas estão, em sua ótica, muito ligadas ao
misticismo e a preconceitos.
Na palestra, Marcus Sabry
procurou demonstrar que certos traumas podem não ser bem equacionados e
superados pelo ser humano, tornando-se a pessoa, muitas vezes, prejudicial a si
mesma e aos outros, sobretudo mergulhando em situações de estresses e de
depressões. Entretanto, se o indivíduo adotar a postura correta, poderá superar
os seus problemas psicológicos, levando uma vida mais feliz e mais útil aos
outros, inclusive à fauna e à flora, pois certamente a pessoa adotará atitudes
mais construtivas, e não, destrutivas.
E essas atitudes serão mais
facilmente processadas por uma pessoa portadora de pensamentos mais racionais e
mais científicos. Na narrativa, há um encontro entre um menino e um ancião. Um,
no início da vida, com um mar a ser desbravado e conhecido; o outro, já tendo
navegado o que lhe foi possível navegar, já tendo aproveitado ou desperdiçado
as oportunidades que lhe surgiram na dinâmica muitas vezes imprevisível da
vida.
De qualquer sorte, o idoso terá,
no mínimo, amealhado, se tiver um pouco de sabedoria, um patrimônio grandioso
de experiências e lições, que poderá, egoisticamente, reservar apenas para si
ou, generosamente, compartilhar com os outros. Só me resta acrescentar que o
autor é, de fato, um escritor, pois além de ter imaginação e originalidade, o
seu texto é vertido em linguagem correta, clara e elegante, sem rebuscamentos e
torneios frasais artificiosos e forçados.
16 de maio de 2010
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