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CIDADE GRANDE
Elmar Carvalho
Dando (m)urros
no vazio
por causa da dor
da doidice
da vida
da vivida mediocridade
entre as ruas
nuas sujas
tristes
as ladras
ladram como cães
e os cães
gemem como homens.
Na (c)idade
do lobo
o lobo-homem
é o lobisomem
do homem.
Tudo é
ferro feio (en)ferrujado
ferindo feridas
já abertas.
Na cidade
na cilada
das suas ruas
surgem (g)ritos
lavados em sangue
lavrados a ferro e fogo.
Soltam berros
soltam (b)urros
prendem os b’rros
que incomodam.
Na cidade grande
onde não existe
pôr-de-sol
o homem gira e pira
sem
(gira)sol
sem (guarda)sol.
Realidade que muitos, dentro de sua pobre mente insignificante de consumismo, abre-se agora ao caos...
ResponderExcluirBom dia amigo, como é real esse poema na selva pedra mafrense.
ResponderExcluirSelva de pedra dos homens selvagens,
ResponderExcluirCidade cheia de gente a expiar,
Alcoólatras, drogados, sem imagens,
Sem caras, sem um rumo ... a espiar.
Parabéns, Dr. Elmar. Um poema atual e uma realidade recorrente das grandes cidades.
ResponderExcluirEstimados amigos, muito obrigado.
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