domingo, 12 de novembro de 2023

CIDADE GRANDE

 

Fonte: Google


CIDADE GRANDE


Elmar Carvalho

 

Dando (m)urros

no vazio

por causa da dor

                   da doidice

da vida

da vivida mediocridade

entre as ruas

                nuas sujas tristes

as ladras

     ladram como cães

e os cães

gemem como homens.

Na (c)idade

do lobo

o lobo-homem

é o lobisomem

      do homem.

Tudo é

ferro feio (en)ferrujado

ferindo feridas

já abertas.

Na cidade

na cilada

das suas ruas

surgem (g)ritos

lavados em sangue

lavrados a ferro e fogo.

Soltam berros

soltam (b)urros

prendem os b’rros

que incomodam.

Na cidade grande

onde não existe

pôr-de-sol

o homem gira e pira

       sem (gira)sol

       sem (guarda)sol.

5 comentários:

  1. Realidade que muitos, dentro de sua pobre mente insignificante de consumismo, abre-se agora ao caos...

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  2. Bom dia amigo, como é real esse poema na selva pedra mafrense.

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  3. Selva de pedra dos homens selvagens,
    Cidade cheia de gente a expiar,
    Alcoólatras, drogados, sem imagens,
    Sem caras, sem um rumo ... a espiar.

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  4. Parabéns, Dr. Elmar. Um poema atual e uma realidade recorrente das grandes cidades.

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  5. Estimados amigos, muito obrigado.

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