Elmar Carvalho e a juíza e acadêmica Regina Coeli Freitas
POSSE ACADÊMICA NA ACALPI
Elmar Carvalho
Neste domingo, tomei posse da
cadeira nº 39 da Academia de Ciências, Artes e Letras de Piripiri – ACALPI. A
solenidade aconteceu no prédio da Câmara Municipal. O auditório estava lotado.
Foi uma bela festa literária, a que não faltaram, sequer, música e farto
coquetel. Vários acadêmicos estavam presentes, alguns vindos de Teresina, como
foi o caso do maestro e professor Vagner Ribeiro, e de outras cidades.
Vários descendentes e parentes do
padre Freitas, de Baurélio Mangabeira, de Osíris Neves de Melo e de Raimundo de
Freitas e Silva marcaram presença, assim como outras pessoas interessadas em
cultura e literatura, entre as quais Brito Júnior, chefe do Poder Legislativo
local. De Campo Maior veio uma comitiva, representando meus conterrâneos,
composta por João Alves Filho, presidente da Academia Campomaiorense de Artes e
Letras, pelos acadêmicos Cardosinho e Corinto Filho, e pelo professor e músico
José Francisco Marques.
A solenidade foi presidida pelo
jornalista, poeta e escritor Willekens Van Dorth; o cerimonial esteve sob o
comando do acadêmico e juiz de Direito João Bandeira do Monte Filho, que foi o
responsável pelo discurso de recepção ao artista plástico Luís de Assis Silva,
que tomava posse da cadeira nº 22, patroneada por Tomás de Sousa Menezes. Na
oportunidade, foi homenageada a banda Os Dragões, de bela e longa trajetória
musical, com a Comenda do Mérito Data Botica, pelos relevantes serviços
prestados às artes e cultura.
A minha cadeira tem como patrono
o poeta Raimundo de Freitas, sob o qual discorri em meu discurso. Era ele
casado com Francisca Melo Freitas, irmã de meu avô materno. Falei, brevemente,
sobre alguns de meus parentes e ancestrais, uma vez que só pude ser candidato
porque minha avó paterna nascera em Piripiri. Falei dos pontos aprazíveis e
pitorescos da cidade, bem como de muitos de seus poetas, escritores, artistas e
magistrados.
Meu pai, que morou por pouco
tempo na cidade, quando trabalhou numa filial da então poderosa Casa Inglesa,
em sua juventude, estava presente e se emocionou a valer. Explanei que estive
em Piripiri em várias oportunidades, inclusive na minha meninice, quando
cheguei a bordo de um trem, puxado por uma locomotiva a diesel, e na minha
adolescência, quando disputei uma partida de futebol, atuando como goleiro,
cujo resultado já não recordo; mas também participei de muitos eventos
literários, em minha maturidade, várias vezes a convite da professora e
escritora Clea Rezende Neves de Melo, que abrilhantou a solenidade com a sua
presença.
Quando falei do célebre padre
Domingos de Freitas e Silva, expliquei
que o enaltecimento de um homem, através de suas palavras, pode ser um
ludíbrio, em que a estátua pode ficar bem maior que o modelo, mas que os seus
atos e ações mostram a verdadeira essência de seu caráter, e citei quatro
episódios e atitudes pelos quais esse sacerdote pode e deve ser considerado o
pró-homem por excelência de Piripiri.
Eleito por unanimidade, agradeci
os confrades por tão belo e nobre gesto de compreensão e apreço. Fui recebido
pela juíza de Direito e acadêmica Regina Coeli Freitas, que proferiu um
excelente e emocionante discurso, entremeado de versos de minha autoria, que me
comoveu e me afagou a alma.
19 de outubro de 2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário