quinta-feira, 19 de agosto de 2010

POEMITOS DA PARNAÍBA

Texto: Elmar Carvalho
Charge: Gervásio Castro



Bernardo Carranca
com sua carranca de artesanato
artefato – mas não
arte de fato – de cantor/ator/à toa
atropela uma música
com seus gemidos e grunhidos e ganidos.
E canta: “De noite eu rolo
na cama...” E sai rolando, se enrolando
se contorcendo e se retorcendo pelo salão
por entre mesas e pelo chão
– bailarino de mola
sem molejo de cintura –
criador e criatura
de sua própria loucura.

4 comentários:

  1. Ele canta as músicas olhando um caderno cheio de anotações, letras, etc. Eu ví isso um dia na AABB de Parnaíba. O que seria do Bernardo sem esse caderno?

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  2. Caro Paulo Couto,
    Inicialmente, devo dizer de minha satisfação pela sua visita ao blog. Respondendo sua pergunta, acredito que aconteceria o mesmo que aconteceu a certo professor, que teve seu caderno com os esquemas das aulas surrupiado por um aluno brincalhão;o "mestre" ficou sem lecionar até conseguir reaver o caderno.

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  3. Saudades do Bernardo Carranca, toda vez que passo pela antiga Av. 3 de Maio em Parnaíba, bem ali no cruzamento da Rua Itaúna, sua velha casa, relembro das suas cantigas que o acompanhavam nos embalos da noite, alegrando o povo daquela cidade, ele nos deixou de surpresa em 2016, deve está cantando na nova dimensão espiritual.
    Parabéns ao poeta por essa homenagem.
    Everardo Oliveira

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  4. Caro Everardo,
    Obrigado por sua visita ao blog e por suas palavras de incentivo.
    O Bernardo deve estar encantado e cantando em outra e melhor dimensão.

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