domingo, 3 de outubro de 2010

MULHER NA LAGOA DO PORTINHO

ELMAR CARVALHO



Na tarde antiga
de sol e bruma
de luz e penumbra
as dunas mudaram
de cores e formas.

Os belos olhos esplendentes –
pálidas cálidas opalas ou
esmeradas esmeriladas esmeraldas –
da mulher bonita
de sinuosas dunas e viagens
furta-cores furtaram
outros tons e sobretons.

Ainda guardo a memória viva
daquela tarde morna e morta
e ainda vejo aqueles olhos vivos
furtando furtivos cores e atenção.

E os olhos e as formas curvilíneas
permanecem intactos no tempo
que em mim não passou.

E a mulher, acaso passou,
nos escombros das formas
transitórias da beleza?...

Um comentário:

  1. Naquela esquina da ilusão
    Doei meu corpo
    Dei-te meu coração
    Aflorei-te do meu jeito.

    Na esquina da ilusão
    Quando te amando
    Ganhastes meu coração
    Ganhastes minha paixão.

    Na esquina da ilusão
    Fui um tolo te amando
    Iludindo-me.

    E te amando
    Foi a minha perdição.

    Na esquina da ilusão,
    A mágica do amor
    Perdeu-seu com os dias
    Levastes meu coração
    Levastes minha paixão.

    Na esquina da paixão
    Não sei porque virei
    Não sei porque voltei.

    Não sei porque
    Passando na esquina da paixão
    Ouvindo aquela canção
    Parei por um instante.

    Paixão varrida
    Paixão perdida
    Levastes meus sonhos
    Levaram minha ilusão.

    E na esquina da paixão
    Não quero passar
    Não tenho outro caminho
    Não tenho outro atalho
    Tenho que passar
    Não quero chorar
    Não quero lembrar
    A canção que me
    Fez chorar.

    Paixão que acreditei
    Ilusório que eu produzi
    Ilusão que eu criei.

    ResponderExcluir