ELMAR CARVALHO
Na tarde antiga
de sol e bruma
de luz e penumbra
as dunas mudaram
de cores e formas.
Os belos olhos esplendentes –
pálidas cálidas opalas ou
esmeradas esmeriladas esmeraldas –
da mulher bonita
de sinuosas dunas e viagens
furta-cores furtaram
outros tons e sobretons.
Ainda guardo a memória viva
daquela tarde morna e morta
e ainda vejo aqueles olhos vivos
furtando furtivos cores e atenção.
E os olhos e as formas curvilíneas
permanecem intactos no tempo
que em mim não passou.
E a mulher, acaso passou,
nos escombros das formas
transitórias da beleza?...
Naquela esquina da ilusão
ResponderExcluirDoei meu corpo
Dei-te meu coração
Aflorei-te do meu jeito.
Na esquina da ilusão
Quando te amando
Ganhastes meu coração
Ganhastes minha paixão.
Na esquina da ilusão
Fui um tolo te amando
Iludindo-me.
E te amando
Foi a minha perdição.
Na esquina da ilusão,
A mágica do amor
Perdeu-seu com os dias
Levastes meu coração
Levastes minha paixão.
Na esquina da paixão
Não sei porque virei
Não sei porque voltei.
Não sei porque
Passando na esquina da paixão
Ouvindo aquela canção
Parei por um instante.
Paixão varrida
Paixão perdida
Levastes meus sonhos
Levaram minha ilusão.
E na esquina da paixão
Não quero passar
Não tenho outro caminho
Não tenho outro atalho
Tenho que passar
Não quero chorar
Não quero lembrar
A canção que me
Fez chorar.
Paixão que acreditei
Ilusório que eu produzi
Ilusão que eu criei.