AOS
TRISTES
Jônatas
Batista (1885 - 1935)
Escrevo
para vós, almas tristes, vencidas,
Exaustas
de sofrer e de viver cansadas;
Ermas
de sonho e fé, sem destino, perdidas
Num
pesadelo atroz de esperanças finadas.
São
múrmuras canções; são rimas repetidas,
Pelas
vozes do vento às praias atiradas...
Escrevo-
as para vós, almas desiludidas,
Prisioneiras
da sombra, eternas torturadas.
Para
vós, para vós, ó corações descrentes!
Os
versos que escrevi nas horas de amarguras,
Os
versos que eu tracei, em trínulos gementes...
Fi-
los por mim, por vós... Por todo aquele que erra,
Perdidamente,
só, nas planícies escuras,
Pelas
noites sem fim das vastidões da terra...
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