José
Maria Vasconcelos
Cronista, josemaria001@hotmail.com
A
droga é o sol, em torno do qual tramita todo crime, inclusive para
ganhar eleições. Os planetas são os chefes do crime organizado que
estabelecem leis territoriais e alcançam aprovação no centro dos
poderes constituídos. Asteroides servem para disparar chamas e balas
nas favelas e avenidas, destruir patrimônio, acertar contas e
executar sem dó. Governos tremem, afrouxam e cedem, até desarmam a
polícia, porque se beneficiam do bolo, especialmente nas campanhas
eleitorais.
A
esperança de um Brasil mais justo anda por um fio, quando assisto ao
noticiário de violência urbana, assaltos, crimes hediondos,
corrupção desvairada, a desmoralização do poder, o avanço das
drogas e do tráfico.
Esgotam-se
as forças de combate ao mal que avassala mais e mais a nação. Em
apenas uma semana, Teresina registrou mais de dez assassinatos em
acertos de contas e tráfico de drogas. No Brasil, mais de 60 mil
mortes em acidentes de trânsito, em 2012, um Iraque em guerra.
Nesses campos minados, patinam crianças e velhinhos, cidadãos em
geral, atônitos, vítimas da crueldade, entrincheirados em
residências e comércio, e a bandidagem solta nas ruas. E clamam:
“Meu Deus!”, por uma vida que sucumbiu, pelo patrimônio
assaltado.
Mundo
sem Deus! O sublime virou caretice; o abominável desfila prestigiado
nas ruas e salões do poder. Crianças e jovens acompanham maus
hábitos da família, imitam enredos novelescos e ídolos que exaltam
o conflito familiar, a separação conjugal, a união homoafetiva
(autores novelistas, em geral, assumidos), o sexo explícito, a
vantagem a qualquer preço.
Buscam-se
respostas e soluções imediatas para o estado de desarmonia moral e
social. Em vão. Não se encontram curas de conflitos nos
consultórios médicos e psiquiátricos. As causas do avanço do mal
estão na formação cultural da sociedade. Valores sublimes do
espírito, como dignidade, honestidade, respeito ao próximo e ao
patrimônio, enfim, a educação para a prática dos dez mandamentos
divinos, que, no passado, pavimentavam as famílias e estruturas
sociais, foi substituída pelo consumismo exacerbado, pela idolatria
do corpo, pela ganância de n ter. E tudo começa muito cedo:
bonzinho com os filhos, dando-lhes tudo como prova de amor, sem
mérito, sem esforço, sem exemplo.
Só
uma saída para a anarquia moral que se estabelece em escala
assustadora: voltar-se para Deus, experiência com Deus, educação
para Deus. Por Deus e para Deus. Sem vergonha de Deus.
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