Carlos
Said
Jornalista
e professor
O
extraordinário Elmar Carvalho (José Elmar de Mélo Carvalho: Campo
Maior, Piauí, 1956) ao publicar o livrete: “Amar Amarante”, vem
comovendo o seu coração de poeta. Encantando os dias doirados de
sua existência.
Fã
incondicional do poeta maior da terra piauiense, Elmar reconhece no
formidável Da Costa e Silva (Amarante, Piauí, 1885 – Rio de
Janeiro, 1950), a realeza da sentimentalidade pelo chão que poderia
proporcionar os “sete palmos de gleba e os dois braços de um
lenho”.
Após
receber o título de cidadão amarantino, o nascido em Campo Maior
cercou as recordações “dacostianas” empolgado pela publicação
e divulgação do livrete “Amar Amarante”.
Na
verdade, a obra d' arte do Elmar é a própria alma da “terra dos
carnaubais”. Uma perfeita ode sincronizada com versos sublimes do
amarantino Da Costa e Silva afogado nas saudades: “A minha terra é
um céu, se há um céu sobre a terra; / É um céu sob outro céu
tão límpido e tão brando, / Que eterno sonho azul parece estar
sonhando / Sobre o vale natal que o seio à luz descerra...”
Daqui
para frente, eis Elmar empolgado com a benfazeja Amarante: “Ainda
hoje escuto a música encantatória dos maracás daquelas faveiras e
a dança requebrada do arvoredo. E ainda perpassa em minha pele o
afago daquele vento, que ninguém sabe de onde veio, que ninguém
sabe para onde foi...”
(Texto
extraído de sua coluna, publicada no jornal Meio Norte em
03/01/2014)
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