sábado, 30 de maio de 2015

Agesilau Pereira da Silva

Foto antiga de Campo Maior. Fonte: blog Bitorocara

Agesilau Pereira da Silva

Reginaldo Miranda
Da Academia Piauiense de Letras

Foi um advogado, político, jornalista e agropecuarista brasileiro. Nasceu em 1843, na cidade de Oeiras, então capital da província do Piauí, filho do coronel Raimundo Pereira da Silva(1793 – 1848), abastado fazendeiro, político e militar que destacou-se na luta de repressão à Balaiada no sul do Piauí e Maranhão. Pelo costado paterno era neto do coronel Antônio Pereira da Silva, ouvidor-geral e membro de uma junta governativa do Piauí, e de sua esposa Ana Pulcheria do Monte Serrate Castelo Branco, todos oriundos de velhos troncos familiares do Piauí.
Ainda muito cedo mudou-se para a vila de Valença, onde viveu a sua infância e aprendeu as primeiras letras.
Infelizmente, aos cinco anos de idade perde o pai, que fora assassinado por escravos de uma de suas fazendas.
Não tardou a mudar-se para o Recife, matriculando-se na Faculdade de Direito, onde se encontravam dois irmãos mais velhos, recebendo o grau de bacharel em 1868.
De regresso ao Piauí, fixou residência em Teresina, iniciando-se na advocacia, no jornalismo e na política, filiando-se ao Partido Conservador. Para defender suas ideias fundou, em 1870, juntamente com Antônio Gentil de Sousa Mendes, o jornal A Pátria, que circulou por dois anos. Colaborou em outros periódicos, onde deixou alguns trabalhos esparsos.
Foi nomeado promotor público da comarca de Amarante e procurador da Tesouraria da Fazenda. Em 13 de janeiro de 1874, assume interinamente o cargo de chefe de polícia do Piauí, havendo-se “com inteligência e atividade”, no dizer do presidente da província, até 8 de abril do mesmo ano, quando pediu dispensa para tomar assento na câmara.
Foi eleito deputado geral pelo Piauí, destacando-se na atividade parlamentar.
Publicou Discursos pronunciados na Assembleia Geral, como fruto de sua atividade parlamentar, e Razões, tese defendida na atividade advocatícia, sustentando a responsabilidade civil do Estado do Amazonas pelos danos causados por seus funcionários em caso específico.
Em 1877 foi nomeado presidente da província do Amazonas, tomando posse em 26 de maio e permanecendo até 14 de fevereiro de 1878, por pouco mais de oito meses. Em tão exíguo espaço de tempo não pôde realizar muita coisa. Entretanto, alterou a força da Guarda Policial, aumentando o efetivo para 99 homens, entre estes cinco oficiais, e reformou o Regulamento, consoante a Lei n.º 370/187.
Concluída sua gestão administrativa, o bacharel Agesilau Pereira da Silva retorna ao Piauí, fixando residência na cidade de Campo Maior, onde vive de atividades agropecuárias e tenta retornar, sem sucesso, ao parlamento nacional. Deixou, porém, descendência no Amazonas, entre as quais duas filhas: Rosa Pereira da Silva, que foi casada com Solon Pinheiro, advogado e político cearense radicado em Manaus, onde faleceu em 24.09.1917, deixando cinco filhos; e Maria Adelaide da Silva, esposa do comendador Joaquim Gonçalves de Araújo(Póvoa do Varzim, Portugal, 14.02.1860 – Manaus, 21.03.1940), mais conhecido por J. G. Araújo, líder empresarial com forte atuação no comércio varejista, capitão de indústria, atuando no setor de processamento de borracha e castanha, latifundiário e grande fazendeiro, cidadão benemérito e patrono de causas sociais no Amazonas.
Faleceu o doutor Agesilau Pereira da Silva, vítima de angina pectoris, em abril de 1913, na cidade de Campo Maior, com 70 anos de idade. Deixou de si uma memória honrada.      

3 comentários:

  1. Ele era irmão de coronel Lysandro Pereira da Silva, meu tataravô.

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    1. Maurício, gostaria de trocar informações sobre nossos trisavôs visto que eram irmãos. Meu e-mail é eros_augusto@hotmail.com. entre em contato que lhe passo meu whatsapp.

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  2. Uma correção, se me permite: meu trisavô Agesilau Pereira da Silva faleceu e está sepultado aqui em Manaus na quadra 3, Cemitério São João Batista. Meu avô, neto dele, também está aqui assim como meu pai.

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