Foto antiga de Campo Maior. Fonte: blog Bitorocara |
Agesilau Pereira da Silva
Reginaldo Miranda
Foi um advogado, político, jornalista e agropecuarista brasileiro.
Nasceu em 1843, na cidade de Oeiras, então capital da província do Piauí, filho
do coronel Raimundo Pereira da Silva(1793 – 1848), abastado fazendeiro,
político e militar que destacou-se na luta de repressão à Balaiada no sul do
Piauí e Maranhão. Pelo costado paterno era neto do coronel Antônio Pereira da Silva,
ouvidor-geral e membro de uma junta governativa do Piauí, e de sua esposa Ana
Pulcheria do Monte Serrate Castelo Branco, todos oriundos de velhos troncos
familiares do Piauí.
Ainda muito cedo mudou-se para a vila de Valença, onde viveu a sua
infância e aprendeu as primeiras letras.
Infelizmente, aos cinco anos de idade perde o pai, que fora assassinado
por escravos de uma de suas fazendas.
Não tardou a mudar-se para o Recife, matriculando-se na Faculdade de
Direito, onde se encontravam dois irmãos mais velhos, recebendo o grau de
bacharel em 1868.
De regresso ao Piauí, fixou residência em Teresina, iniciando-se na
advocacia, no jornalismo e na política, filiando-se ao Partido Conservador.
Para defender suas ideias fundou, em 1870, juntamente com Antônio Gentil de
Sousa Mendes, o jornal A Pátria, que
circulou por dois anos. Colaborou em outros periódicos, onde deixou alguns
trabalhos esparsos.
Foi nomeado promotor público da comarca de Amarante e procurador da
Tesouraria da Fazenda. Em 13 de janeiro de 1874, assume interinamente o cargo
de chefe de polícia do Piauí, havendo-se “com inteligência e atividade”, no
dizer do presidente da província, até 8 de abril do mesmo ano, quando pediu
dispensa para tomar assento na câmara.
Foi eleito deputado geral pelo Piauí, destacando-se na atividade
parlamentar.
Publicou Discursos pronunciados
na Assembleia Geral, como fruto de sua atividade parlamentar, e Razões, tese defendida na atividade
advocatícia, sustentando a responsabilidade civil do Estado do Amazonas pelos
danos causados por seus funcionários em caso específico.
Em 1877 foi nomeado presidente da província do Amazonas, tomando posse
em 26 de maio e permanecendo até 14 de fevereiro de 1878, por pouco mais de
oito meses. Em tão exíguo espaço de tempo não pôde realizar muita coisa.
Entretanto, alterou a força da Guarda Policial, aumentando o efetivo para 99
homens, entre estes cinco oficiais, e reformou o Regulamento, consoante a Lei
n.º 370/187.
Concluída sua gestão administrativa, o bacharel Agesilau Pereira da
Silva retorna ao Piauí, fixando residência na cidade de Campo Maior, onde vive
de atividades agropecuárias e tenta retornar, sem sucesso, ao parlamento
nacional. Deixou, porém, descendência no Amazonas, entre as quais duas filhas:
Rosa Pereira da Silva, que foi casada com Solon Pinheiro, advogado e político
cearense radicado em Manaus, onde faleceu em 24.09.1917, deixando cinco filhos;
e Maria Adelaide da Silva, esposa do comendador Joaquim Gonçalves de
Araújo(Póvoa do Varzim, Portugal, 14.02.1860 – Manaus, 21.03.1940), mais
conhecido por J. G. Araújo, líder empresarial com forte atuação no comércio
varejista, capitão de indústria, atuando no setor de processamento de borracha
e castanha, latifundiário e grande fazendeiro, cidadão benemérito e patrono de
causas sociais no Amazonas.
Faleceu o doutor Agesilau Pereira da Silva, vítima de angina pectoris, em abril de 1913, na
cidade de Campo Maior, com 70 anos de idade. Deixou de si uma memória honrada.
Ele era irmão de coronel Lysandro Pereira da Silva, meu tataravô.
ResponderExcluirMaurício, gostaria de trocar informações sobre nossos trisavôs visto que eram irmãos. Meu e-mail é eros_augusto@hotmail.com. entre em contato que lhe passo meu whatsapp.
ExcluirUma correção, se me permite: meu trisavô Agesilau Pereira da Silva faleceu e está sepultado aqui em Manaus na quadra 3, Cemitério São João Batista. Meu avô, neto dele, também está aqui assim como meu pai.
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