YAYÁ PEARCE
Antônio
Chaves (1883 – 1938)
Eras a minha
fé soberba, indefinida,
Eras a minha
crença, ó lírio imaculado,
Tu, que
trazias n’ alma inocente e querida
A ária do
nosso amor e do nosso noivado.
Eras a fonte
ideal do estímulo sagrado
Que me
conduzia à Terra Prometida...
Eras minha
ilusão, meu sonho alcandorado,
O sol que
iluminava o céu de minha vida.
Mas quis
Deus apagar o fulgor dos teus olhos,
Quis ele que
afinal fanasses, como a rosa,
Deixando-me
sozinho a tatear sobre escolhos...
E, assim,
caiu por sobre a minha mocidade
A ampla
noite sem luz, profunda, tormentosa,
Da tristeza
e da Dor, da Mágoa e da Saudade.
Grande Antonio Chaves!
ResponderExcluirBonito soneto
Um abraço Itamar