Escolas militares, urgente!
José Maria Vasconcelos
Cronista,
josemaria001@hotmail.com
Colégio Estadual Governador Dirceu
Arcoverde, de Teresina, próximo à Avenida Kennedy, fundado em 1978, dirigido,
durante anos, por autoridade da Polícia Militar, mas sem regime militar. Só em
2015, a secretária de Educação, Rejane Dias, do PT, inaugurou as novas
instalações e instituiu a experiência do regime militar, iniciativa brilhante
que já vem produzindo excelentes resultados e aplausos, tanto dos 400
estudantes matriculados no ensino médio, em regime integral, quanto das
famílias.
Percorrendo corredores e salas, acompanhado
por uma psicopedagoga ou inspetor militar, fardado, tive a sensação de voltar
ao passado das escolas públicas, dirigidas por respeitáveis diretores e
professores, cuja autoridade era aplaudida pelos estudantes e pais. Cantava-se
o Hino Nacional, em pé, postura ereta, seguida de preleções cristãs e cívicas.
A disciplina estabelecia fardamento, calçados e meias padronizadas. Não se
forneciam livros e refeições de graça, apenas merenda rasa.
A Escola Dirceu Arcoverde revive a
experiência que deu certo, no passado, e que produziu cidadãos de notável
conduta cristã e patriótica, que resplandecia na organização da família.
Veem-se estudantes impecavelmente
fardados com insígnias militares, moças e rapazes de boina na cabeça, em fila,
eretos, cantando hino cívico, ouvindo a “Ordem Unida”, sobre disciplina, a
marcha, continência, oração, missa ou culto evangélico, ensino e práticas
culturais. O prédio nem se assemelha ao desconforto, imundície, instalações
improvisadas das escolas públicas, em geral.
Apenas em Minas, mais de 20 mil alunos
matriculados em nove escolas do Exército e da Polícia Militar. O Estado de
Goiás coloca-se à frente. Segredo? Normas rígidas, consciência cívica,
exercício do dever, inclusive ético e religioso.
O sistema de educação militar
expande-se pelo Brasil com aplauso dos próprios estudantes, mas criticado por
movimentos de esquerda marxista, inclusive em Teresina, onde funciona a
primeira escola. O policial militar que me acompanhava orgulhava-se de mostrar
o refeitório com instalações modernas, qualidade dos lanches e refeições
acompanhadas por nutricionista: “Aqui, tudo é limpo, disciplinado e conservado.
E de graça. Malandro não quer vir pra cá, porque sabe o duro que vai dar,
inclusive para passar no teste seletivo”. E adianta: “A procura por uma vaga é
diária”.
A experiência da escola militar,
no Piauí, apenas começou, com a brava coragem de Rejane Dias, oriunda de um
partido frouxo para com desocupados, e aberto a direitos, sem cobrança de
deveres e méritos. A secretária poderia avançar, começando pelo Liceu:
confiando, pelo menos, a direção e coordenação a educadores militares. Nem
precisaria chamar a polícia para se postar à frente do colégio para combater
criminosos.
Em meio às críticas, um fenômeno
curioso, alheio a tudo, chama a atenção: a sociedade que busca o conhecimento
que liberta, cresce, cada vez mais, a demanda por colégios militares pelo país.
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