quarta-feira, 20 de abril de 2016

Escolas militares, urgente!


Escolas militares, urgente!

José Maria Vasconcelos
Cronista, josemaria001@hotmail.com

          Colégio Estadual Governador Dirceu Arcoverde, de Teresina, próximo à Avenida Kennedy, fundado em 1978, dirigido, durante anos, por autoridade da Polícia Militar, mas sem regime militar. Só em 2015, a secretária de Educação, Rejane Dias, do PT, inaugurou as novas instalações e instituiu a experiência do regime militar, iniciativa brilhante que já vem produzindo excelentes resultados e aplausos, tanto dos 400 estudantes matriculados no ensino médio, em regime integral, quanto das famílias.

         Percorrendo corredores e salas, acompanhado por uma psicopedagoga ou inspetor militar, fardado, tive a sensação de voltar ao passado das escolas públicas, dirigidas por respeitáveis diretores e professores, cuja autoridade era aplaudida pelos estudantes e pais. Cantava-se o Hino Nacional, em pé, postura ereta, seguida de preleções cristãs e cívicas. A disciplina estabelecia fardamento, calçados e meias padronizadas. Não se forneciam livros e refeições de graça, apenas merenda rasa.

         A Escola Dirceu Arcoverde revive a experiência que deu certo, no passado, e que produziu cidadãos de notável conduta cristã e patriótica, que resplandecia na organização da família.

         Veem-se estudantes impecavelmente fardados com insígnias militares, moças e rapazes de boina na cabeça, em fila, eretos, cantando hino cívico, ouvindo a “Ordem Unida”, sobre disciplina, a marcha, continência, oração, missa ou culto evangélico, ensino e práticas culturais. O prédio nem se assemelha ao desconforto, imundície, instalações improvisadas das escolas públicas, em geral.

         Apenas em Minas, mais de 20 mil alunos matriculados em nove escolas do Exército e da Polícia Militar. O Estado de Goiás coloca-se à frente. Segredo? Normas rígidas, consciência cívica, exercício do dever, inclusive ético e religioso.

O sistema de educação militar expande-se pelo Brasil com aplauso dos próprios estudantes, mas criticado por movimentos de esquerda marxista, inclusive em Teresina, onde funciona a primeira escola. O policial militar que me acompanhava orgulhava-se de mostrar o refeitório com instalações modernas, qualidade dos lanches e refeições acompanhadas por nutricionista: “Aqui, tudo é limpo, disciplinado e conservado. E de graça. Malandro não quer vir pra cá, porque sabe o duro que vai dar, inclusive para passar no teste seletivo”. E adianta: “A procura por uma vaga é diária”.

A experiência da escola militar, no Piauí, apenas começou, com a brava coragem de Rejane Dias, oriunda de um partido frouxo para com desocupados, e aberto a direitos, sem cobrança de deveres e méritos. A secretária poderia avançar, começando pelo Liceu: confiando, pelo menos, a direção e coordenação a educadores militares. Nem precisaria chamar a polícia para se postar à frente do colégio para combater criminosos.


Em meio às críticas, um fenômeno curioso, alheio a tudo, chama a atenção: a sociedade que busca o conhecimento que liberta, cresce, cada vez mais, a demanda por colégios militares pelo país.   

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