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O CAMINHO
Newton de Freitas (1920 – 1940)
Vinde a mim todos vós que sois
humanos.
Vinde. Eu vos ensinarei o
catecismo da fraternidade.
Vinde, ó meus irmãos! Meus braços
ficarão do tamanho
do mundo para um amplexo cordial.
Eu vos abraçarei em espírito.
Agora olhai para o Grande
Caminho.
Não vedes uma estrela a iluminar
a estrada?
Eu irei na frente para
mostrar-vos o melhor.
Ela nos guiará como guiou os
Magos outrora.
Vinde. No Grande Caminho todos
serão iguais:
ricos, pobres, fortes, fracos.
Todas as cabeças estarão na mesma
altura.
Nenhum homem falará para o outro
com os olhos no chão.
Outrora houve um reformador sábio
e santo.
Ele veio. Pregou a igualdade e a
fraternidade.
Os ignorantes a serviço dos
déspotas não o compreenderam.
Os ignorantes o crucificaram. Mas
não crucificaram o ideal.
Cristo! Senhor! Volta! As massas
esperam pelo teu regresso.
Vem e repete a tua doutrina aos
transviados do Grande Caminho.
Sicários de poderosos querem
apagar a tua lei.
Volta antes que as massas
desesperem.
Antes que os oprimidos tirem teu
nome de dentro da alma.
Abandonados, decepcionados.
Nós não te desejamos em corpo.
Os déspotas crucificariam teu
corpo novamente.
Vem em espírito. Que a força da
tua presença derrube a tirania.
Queremos é o teu Poder. E a
multidão se levantará invencível,
a multidão que não deixou de ter
fé.
A multidão quer o teu reino aqui
mesmo,
quer ouvir ao menos o ecoar da
tua Palavra...
Fonte: Kenard Kaverna
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