Com a presença de fiéis,
acadêmicos, secretários do governo municipal, e amigos do extinto, foi realizada ontem ao meio-dia, na Catedral
de Nossa Senhora da Graça, em Parnaíba,
missa em intenção da alma do economista
Pádua Ramos, pela passagem do Sétimo
Dia de seu falecimento.
Apesar da inconveniência do
horário, meio dia, quando muitas pessoas, inclusive acadêmicos, ainda estão em
seus trabalhos, a missa teve uma boa participação.
A Academia Parnaibana de Letras
se fez representar pela presença do seu presidente José Luiz de Carvalho, do secretário geral
Antonio Gallas e dos acadêmicos Alcenor Candeira, Roberto Cajubá, Dilma Ponte
e Israel Correia que na ocasião representou o seu pai, acadêmico
e ex-presidente da APAL dr. Lauro Correia.
Antes da benção final os avisos e
mensagens dos que não puderam comparecer. Valdeci Cavalcante informou que
devido compromissos em Brasília não poderia estar presente em Parnaíba nesta
data. A professora e acadêmica Christina de Moraes Souza foi representada pela
acadêmica Dilma Ponte.
Em seguida o acadêmico e Secretário da Chefia de Gabinete da
Prefeitura de Parnaíba Israel José Nunes Correia usou da palavra para fazer uma
homenagem ao parnaibano e homem público
falecido em Fortaleza na data de 02/04/2019.
BREVES PALAVRAS SOBRE ANTONIO DE
PÁDUA FRANCO RAMOS
Em Parnaíba, aos dias do mês de fevereiro de 1935, o penúltimo
dos filhos do casal Raimundo Ramos Vieira e Hermilia Franco Ramos nasceu e, ao
completar 20 anos de idade, partiu para Fortaleza, deixando firmes laços de
amizade na cidade com as famílias Correia e Velloso, mas o jovem Pádua Ramos –
acima de tudo e de todos – viajou
certo de cultivar amizade e veneração eternas pelo professor que considerou
legendário, o professor de português, José Rodrigues, o qual não só o
influenciou, mas toda uma geração de parnaibanos.
A simpatia de José Rodrigues ao
integralismo, fez Pádua Ramos e João Paulo dos Reis Velloso, amigos católicos,
líderes do movimento integralista nesta cidade, sendo fundadores de um Centro
Cultural integrante de uma Federação dos denominados Centros Culturais da Juventude (CCJ) os quais eram ligados ao Partido de
Representação Popular (PRP) liderados por Plínio Salgado.
Quanto ao Partido de
Representação Popular, Pádua Ramos não
ingressou em suas fileiras. Apenas participou de reuniões domingueiras. Não
tinha a vocação para a política partidária. Interessava-lhe a política cultural.
João Paulo foi o amigo que lhe
emprestou os livros de Plínio Salgado para leitura e, no meio integralista, Pádua denominou-se
“Águia Branca”.
Outro decisivo mentor de Pádua
Ramos foi Alberto Silva que o agregou ao
mais íntimo grupo de administradores a serviço de seus projetos políticos,
desde passagem por cargo público no Ceará.
Por seu mérito pessoal e por
confiança nele depositada por Alberto Silva que apresentou suas credenciais a
Virgílio Távora, Pádua Ramos ocupou a presidência do Banco de Desenvolvimento
do Estado do Ceará e do Banco do Estado do Ceará (BEC). A esse tempo, não era apenas bancário, pois
já receberá inscrição de número 15 do Conselho de administração do Ceará.
Participou, no Piauí do governo
de Alberto Silva, em seus dois mandatos. No primeiro deles, nos anos 1970,
titular da Secretaria de Planejamento, foi responsável pela criação da Fundação
Centro de Pesquisas Econômicas e Sociais do Piauí, a fundação CEPRO,
inigualável centro irradiador da inteligência Piauiense.
No segundo do mandatos, retornou
a Teresina para exercer a presidência do Banco do Estado do Piauí.
Inclui-se em seu currículo, a
Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste, onde respondeu por operações
da SUDENE vinculadas ao FINOR – Fundo de Investimento do Nordeste e ( honra
nossa) Academia Parnaibana de Letras da
Qual foi membro por ser autor de importantes livros sobre as políticas públicas
e de planejamento social: ” em busca do â
Ângulo Alfa” e ” Manual de Desenvolvimento Social e
Econômico do Município” talvez os mais relevantes.
Em sua última fase da excepcional
trajetória, brilhou como consultor de empresas e governos (estaduais e
municipais).
Certamente Plínio Salgado deu
grande contribuição para personalidade de Pádua Ramos que não morreu sem deixar
registrada sua sugestão para a juventude
brasileira estudar o movimento integralista, lendo duas obras do líder que
o fascinou e que considerou o brasileiro
mais preparado para exercer a presidência do Brasil.
A ler ” Direitos e Deveres do
Homem” e “Psicologia da Revolução”, Pádua
Ramos iniciou “construção” de um verdadeiro cidadão; de um intelectual digno da Ciência e da Arte; de um focado e produtivo gestor público; e de um sensato efetivo consultou
ANTONIO DE PÁDUA FRANCO RAMOS
Terminou seus dias sendo orgulhoso homem integralista, mas o meu pessoal orgulho sempre foi o de
conviver, ainda que por breve período da minha vida, com esse homem integral:
um homem que se dedicou à Religião; à Estética; e, ao social!
IGREJA
Fonte: Site da APAL /
Fotos: José Luiz
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