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COMO É BOM FALAR SOBRE AS MÃES
Antônio Francisco Sousa – Auditor Fiscal (afcsousa01@hotmail.com) um filho da mãe
Ah!
Como é bom falar sobre mãe! Só não é melhor do que abraçar, cheirar, beijar,
apertar, chamegar, estreitá-la entre os braços, fazer-lhe carinho, deitar em
seu colo, ouvi-la chamar-nos pelo nome ou apelido de toda a vida, por menos
jovem que estejamos.
Ninguém
faz macarronada tão boa quanto a dela, nem beijuzinho de tapioca com queijo e
coco parecido com o seu; o ovo estrelado mais bonito, com cara de sol, o feijãozinho
com arroz e bife saborosos não têm comparação, nem o melhor e mais bem-conceituado
restaurante faz igual: são de comer rezando e de lamber os “beiços” depois. O
cafezinho coado que cheira a quilômetros de distância, acaso acham que tem
igual? Afirmo-lhes: não há. Aliás, pode até existir pessoa melhor do que mamãe:
a do outro e não a minha, para ele.
Mãe
gosta de quase tudo que fazemos, menos quando lhe dizemos que vamos sair de
casa, morar só, longe dela. Não fica uma arara porque sabe que a gente passou
muito tempo pensando nesse momento, e se ele chegou, deve ser para o nosso bem,
e nosso bem é a coisa que ela mais preza, respeita e torce para que aconteça,
sempre. Ver-nos mal é algo que a desola, entristece, fá-la sofrer muito. Se
pudesse não deixaria, jamais, que ficássemos infelizes. Felicidade é o sentimento
que ela mais deseja que se abata sobre nós.
Ah!
Como é prazeroso falar sobre as mães! É muito bom ouvirmos nossos amigos,
colegas, aquelas pessoas de quem gostamos ou a quem respeitamos, rasgarem o
verbo, derramarem-se em elogio, agradecimento e satisfação, quando dizem a quem
quiser ou puder ouvir, que possuem a melhor mãe que alguém poderia ter. Quem
somos nós para discutirmos verdade tão cristalina? Contestar, quem há de?
Para
nossas mães, ou melhor para toda mãe, fazer o máximo por seus filhos,
certamente, é, a um só tempo, o menor trabalho e o maior prazer de suas vidas.
Que ninguém tente assacar sobre a honra, a credibilidade, a inteligência, a
beleza, a coragem e a honestidade que as mães veem em seus filhos. Que ninguém
que não se sinta preparado para uma boa briga, tente criticar, insinuar, acusar
de algum mal, acaso por ele cometido, um filho, na presença de sua mãe; por
mais doçura e tranquilidade que ela possa deixar transparecer, normalmente em
seu dia a dia, quando seu rebento querido é o atingido ou o alvo da chacota ou
do achincalhe, a cidadã se transforma em uma fera.
Os
homens criaram e dedicaram um dia às mães. Que beleza! Tentando não ser um
desmancha-prazeres, mas já o sendo, ousaria dizer que mais os filhos, que elas,
valorizam-no: outras datas e outros dias são bem mais importantes que esse que
separaram no calendário para homenageá-las: aqueles em que elas passam, o maior
tempo possível, a nosso lado, acalentando-nos, sorrindo quando sentem que
estamos felizes, rindo, gargalhando, se têm certeza disso. Ah! Um lembrete:
nenhum filho consegue fingir para sua mãe um estado de espírito que não esteja
vivendo ou sentindo. Ela nos vê por dentro, enxerga nossa alma. Pode até deixar
para lá, relevar, se perceber que nos fará sofrer, caso revele, deixe
transparecer ou nos questione, se, de fato, no mais íntimo do nosso ser,
estamos mesmo como dizemos estar ou gostaríamos de que ela nos visse. As mães
não se enganam; às vezes, deixam-se enganar, notadamente, se esse falso engano
não nos vier trazer prejuízo, dissabores, sofrimentos.
Ah!
Como é salutar, gostoso, agradável, divertido e produtivo, falar sobre as mães,
agradecer-lhes pelo bem que nos fazem; pedir-lhes desculpas, perdão, pelos
males que lhes fizemos, ainda há pouco, e dos quais se já não os esqueceram,
não mais deles lembram. Por mais filho da mãe que sejamos, jamais deixaremos de
ser o filhinho de mamãe. Se fingimos que não gostamos quando ela nos trata de
esse modo, ela se diverte, dá de ombros, nem aí, tampouco nós, que sabemos que,
para elas, nunca deixaremos de ser assim. Ainda bem.
Felicidade
para você, minha mãe; para a senhora, mãe do meu amigo, do meu companheiro de
estrada; e também para as mães daqueles que não conhecemos ou não privam da nossa
amizade, nem nós da deles. Enfim, felizes sejam todas as mães, agora, hoje e
sempre. Amém.
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