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Triunfante
Jonas Fontenele da Silva (1880 – 1947)
Passa loira e gentil toda de branco,
Aos pés dois borzeguins de áureos lavores,
Borzeguins que são aves e são flores,
Laços de fitas palpitas o flanco.
Olhar azul, deslumbrado e franco,
Céus que entontecem rápidos condores
E de onde escorrem prantos de amargores,
Prantos que a beijos com fervor estanco,
Carne que sob o alvor da saia curta
Ondula e aroma em derredor lança
Qual um ramo florífero de murta.
Lábios das virgens cândidas de Rubens
Na apoteose de um arco de aliança
Sobre o cristal finíssimo das nuvens!
Fonte: A poesia parnaibana, 2001
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