sexta-feira, 17 de maio de 2019

MOLECADA EM CORREÇÃO MILITAR NA ILHOTA



MOLECADA EM CORREÇÃO MILITAR NA ILHOTA

José Maria Vasconcelos, CRONISTA, JOSEMARIA001@HOTMAIL.COM

                      As ESCOLAS MILITARES multiplicam-se, Brasil afora, às dezenas, com excelentes resultados e aceitação das famílias. TERESINA, TIMON e CAXIAS já contam. Essas instituições impõem códigos de condutas inimagináveis: pontualidade, fardamento militar integral, canto do Hino Nacional em postura de respeito à BANDEIRA NACIONAL, conservação e limpeza dos móveis e instalações, disciplina rígida, cultivo de hortas, respeito a autoridades; penalidades ou expulsão por malandragens e vícios; formação religiosa cristã, presença da família. A renovação da matrícula dependerá da fidelidade aos estatutos da escola.

         Diferente das atuais escolas militares, já funcionou, em TERESINA, um estabelecimento militar somente para MENORES INFRATORES. Refiro-me à ESCOLA MILITAR ILHOTA ou SEMAPI (SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA AO MENOR ABANDONADO) onde, hoje, fica uma das unidades da POLÍCIA MILITAR DO PIAUÍ (CEFAPI). A molecada temia a ronda da Polícia, que recolhia menores infratores que perambulavam por cabarés e bares. Os menores usavam farda militar, cordas na cintura, além de peixeira. E, olhe, menores infratores, que não molestavam cidadãos, porque temiam castigos.

JOSÉ DE RIBAMAR NUNES lançou, há pouco, o livro MORRO DO QUEROSENE, em que retrata a antiga e paupérrima região da ILHOTA e o MORRO DO QUEROSENE, minado de prostíbulos e casas de palha. Ali e na PIÇARRA, JOSÉ DE RIBAMAR viveu a infância e mocidade pobres, objetos de seu livro de crônicas. Na obra, o autor personifica o menino JOÃO LUÍS. JOSÉ RIBAMAR, depois funcionário do BANCO DO BRASIL, advogado, professor e escritor.

Alguns tópicos do capítulo A ILHOTA: “Os meninos moravam em torno do Morro do Querosene e imediações, entre os quais João Luís... presenciavam brigas de mulheres do Morro, escândalos de homens embriagados... Quando algum dos meninos cometia algo de grave, logo vinha a ameaça dos pais: “Olha, eu vou te botar na Ilhota!”... Os meninos ficavam apavorados... Na verdade, lá não era bicho-de-sete cabeças...havia muita disciplina e organização, uma espécie de quartel infanto-juvenil...administrado com mão de ferro...Lá estudavam, aprendiam ofício... eram devolvidos às famílias ou encaminhados para o serviço militar... faziam faxina...visitavam os pais a cada 15 dias...”

O BRASIL LEVA JEITO, SIM, com ESCOLA MILITAR, SEM MIMIMI E EXCESSO DE TOLERÂNCIA.    

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