MOLECADA EM CORREÇÃO MILITAR NA
ILHOTA
José Maria Vasconcelos, CRONISTA,
JOSEMARIA001@HOTMAIL.COM
As ESCOLAS MILITARES
multiplicam-se, Brasil afora, às dezenas, com excelentes resultados e aceitação
das famílias. TERESINA, TIMON e CAXIAS já contam. Essas instituições impõem
códigos de condutas inimagináveis: pontualidade, fardamento militar integral,
canto do Hino Nacional em postura de respeito à BANDEIRA NACIONAL, conservação
e limpeza dos móveis e instalações, disciplina rígida, cultivo de hortas,
respeito a autoridades; penalidades ou expulsão por malandragens e vícios;
formação religiosa cristã, presença da família. A renovação da matrícula
dependerá da fidelidade aos estatutos da escola.
Diferente das atuais escolas
militares, já funcionou, em TERESINA, um estabelecimento militar somente para
MENORES INFRATORES. Refiro-me à ESCOLA MILITAR ILHOTA ou SEMAPI (SERVIÇO DE
ASSISTÊNCIA AO MENOR ABANDONADO) onde, hoje, fica uma das unidades da POLÍCIA
MILITAR DO PIAUÍ (CEFAPI). A molecada temia a ronda da Polícia, que recolhia
menores infratores que perambulavam por cabarés e bares. Os menores usavam
farda militar, cordas na cintura, além de peixeira. E, olhe, menores
infratores, que não molestavam cidadãos, porque temiam castigos.
JOSÉ DE RIBAMAR NUNES lançou, há
pouco, o livro MORRO DO QUEROSENE, em que retrata a antiga e paupérrima região
da ILHOTA e o MORRO DO QUEROSENE, minado de prostíbulos e casas de palha. Ali e
na PIÇARRA, JOSÉ DE RIBAMAR viveu a infância e mocidade pobres, objetos de seu
livro de crônicas. Na obra, o autor personifica o menino JOÃO LUÍS. JOSÉ
RIBAMAR, depois funcionário do BANCO DO BRASIL, advogado, professor e escritor.
Alguns tópicos do capítulo A
ILHOTA: “Os meninos moravam em torno do Morro do Querosene e imediações, entre
os quais João Luís... presenciavam brigas de mulheres do Morro, escândalos de
homens embriagados... Quando algum dos meninos cometia algo de grave, logo
vinha a ameaça dos pais: “Olha, eu vou te botar na Ilhota!”... Os meninos
ficavam apavorados... Na verdade, lá não era bicho-de-sete cabeças...havia
muita disciplina e organização, uma espécie de quartel
infanto-juvenil...administrado com mão de ferro...Lá estudavam, aprendiam
ofício... eram devolvidos às famílias ou encaminhados para o serviço militar...
faziam faxina...visitavam os pais a cada 15 dias...”
O BRASIL LEVA JEITO, SIM, com
ESCOLA MILITAR, SEM MIMIMI E EXCESSO DE TOLERÂNCIA.
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