Fonte: Google/Uol |
JÚPITER
Elmar Carvalho
As espirais vaporosas da
nicotina
do éter das libações embriagantes
e dos vapores de rosas das
mulheres
enovelam-se pelas amplas
alcovas
onde o sexo ardia
na pira sagrada
na pira pirada
dos amores lascivos
de espasmos e gemidos
grunhidos e rugidos
e deixavam entrever
os vultos lânguidos e
lascivos
onde as grandes luas de Júpiter
descreviam suas órbitas
nos colos aconchegantes
das mulheres afagadas
afogadas em desejos
despertados.
Grande Júpiter tonante
a rugir nos alaridos
das tempestades do sexo
das paixões desenfreadas.
Quando a irmã Juno
ao incesto arrebatava,
o reinado da desordem
sem fronteiras dos malditos
aos quatro ventos
proclamava.
Então, ao revés do antigo
Mito,
a Quimera nascia das patas
e asas de Pégaso –
pelos pélagos
cavalgado pelas Musas –
cavalo alado do sonho que
sonhava, do sonho de que
jorrava a fonte de
Hipocrene.
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