Fonte: Google |
PAISAGEM
Francisco Miguel de Moura (1933)
“Toda paisagem tem um ar de sonho”.
Dante Milano
Mal os braços se abrem
a paisagem me come
o coração – corcel dos nervos.
Bebida em haustos
a vida bate,
enverdece o sol,
amarela os frutos – esperança.
E a saudade em chuva e orvalho
não cai roxa.
O tempo não avança.
Minhas lanternas corporais
são meninas vadias,
e os ouvidos ouvem pássaros,
mistérios, eflúvios,
arrepiando os tentáculos.
A alma que voava
me pousou
na beira de outro sonho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário