quarta-feira, 18 de agosto de 2021

À MINHA AMIGA TERESA CRISTINA (*)

Foto antiga  Fonte: Google/Cidade Verde


À MINHA AMIGA TERESA CRISTINA (*)

                           

Francisco Carlos Araújo


I

Minha amiga Imperatriz,

te vi pela vez primeira

pelo ano sessenta e hum,

fui assim, que de maneira

acanhada, apresentado,

e um tanto desconfiado

como um “sem eira e nem beira”.

 

II

Eu ainda não completara

os meus nove anos de idade,

e nós, ambos bem meninos,

selamos boa amizade

que perdura por sessenta

anos, que muito se alenta;

sou grato pela bondade.

 

III

Sou da roça, e tu princesa

tinhas tudo a oferecer,

mesmo sendo eu um plebeu

deu-me chances pra viver

tal como uma boa escola

e comprar uma viola

 com poema agradecer.

 

IV

Nesse torrão de Saraiva,

entre tais rios Parnaíba

e Poti, de Norte a Sul;

rua abaixo, rua arriba

no seu encalço eu estava,

ao seu lado eu caminhava

seguro. E quem me “derriba”?

 

V

Seis décadas se passaram.

Hoje, sou bastante grato

a essa minha boa amiga,

pois o que tenho, de fato,

devo a essa jovem Senhora

que aniversaria agora

com as honras e aparato.

 

VI

No dia dezesseis de agosto,

essa minha fortaleza

completa cento e sessenta

e oito anos de tão acesa

vida, com prosperidade

e muita fraternidade,

e com bastante beleza.

 

 

 

VII

O seu nome de batismo

seria Teresa Cristina,

 mas o bom pai, Conselheiro

Saraiva, de Teresina

a chamou em homenagem

à Imperatriz; linhagem

de nobreza, com a sina

 

VIII

de ser grande realeza

pelas mãos do construtor

João Isidoro França

com um modernizador

plano, em traçado xadrez,

dando estética e altivez

da esposa do Imperador. 

 

(*) Uma homenagem a Teresina

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