Fonte: Google/Morais Brito |
MULHER NA LAGOA DO PORTINHO
Elmar Carvalho
Na tarde antiga
de sol e bruma
de luz e penumbra
as dunas mudaram
de cores e formas.
Os belos olhos esplendentes –
pálidas cálidas opalas ou
esmeradas esmeriladas esmeraldas
–
da mulher bonita
de sinuosas dunas e viagens
furta-cores furtaram
outros tons e sobretons.
Ainda guardo a memória viva
daquela tarde morna e morta
e ainda vejo aqueles olhos vivos
furtando furtivos cores e
atenção.
E os olhos e as formas
curvilíneas
permanecem intactos no tempo
que em mim não passou.
E a mulher, acaso passou,
nos escombros das formas
transitórias da beleza?...
Não era uma mulher: com certeza, uma pintura vislumbrada pelo olhar sensual de Poeta em deslumbre.
ResponderExcluirAmigo, era um poema em forma de mulher. Ou vice-versa, vice-verso, sei lá... Um alumbramento, no dizer de Bandeira.
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