O POETA E O INSETO
Elmar Carvalho
Uma música longínqua
e melancólica cria
ressonâncias
na concha acústica de minha
alma.
A bebida eu a tomo em
longos goles.
Um inseto pousa sobre
a mesa e me faz companhia.
Sorve um trago da porção/poção
(derr)amada. E se embriaga.
A tristeza imensa me deixa
cruel:
enxoto o pobre inseto
bêbado que
ensaia um atropelado voo. E
cai.
A tristeza continua a
crescer e a cair
em minha alma como
infiltrações de estalactites
em (f)urna mortuária ..........................................
Nenhum comentário:
Postar um comentário