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AVISOS NÃO FALTARAM
Antônio Francisco Sousa – Auditor-Fiscal (afcsousa01@hotmail.com)
A primeira semana de dois mil e
vinte e três começou e se concluiu de forma, surpreendentemente, turbulenta.
Intramuros, o gestor
governamental, antes, talvez mesmo, das cerimônias de posse dos respectivos
auxiliares e assessores, já havia publicado que pretendia recambiar boa parte
do contingente de policiais militares cedidos à assembleia legislativa
estadual, de modo a integrá-los ao policiamento ostensivo da cidade, que anda
atravessando uma onda de violência que coloca o estado, estatisticamente, entre
os mais violentos do país. O gestor legislativo, para não perder a
oportunidade, e, claro, valorizar-se diante da situação que se prenunciava,
demagogicamente, afirmaria que, com isso – a pretensa coercitiva requisição de
pessoal por parte do poder executivo -, estaria colaborando com a segurança do
estado. E disse mais: quem sabe, caso lhe permita o orçamento dos próximos
exercícios, venha a fazer concurso para contratação de um novo e exclusivo
quadro de policiais que comporiam a polícia do poder legislativo.
Considerando que domingo, dia
oito, já seria o de início da segunda semana de janeiro, um fato que
representou uma imitação barata do evento ocorrido após a eleição do atual
presidente americano, provocada por baderneiros ianques, simpatizantes do
candidato derrotado, denominado de Invasão do Capitólio - prédio onde se instala, por lá, o congresso
nacional -, teve lugar por aqui, quando arruaceiros contratados, aprendizes de
terrorista, também, até onde se sabe, por discordarem, semelhantemente ao que
aconteceu nos Estados Unidos, do resultado das eleições que destronaram o
último presidente tupiniquim, covardemente, invadiram e depredaram vários recintos
dos prédios que abrigam os três poderes da república (executivo, legislativo e
judiciário), impondo prejuízos ao estado brasileiro.
Bom
relembrar-se que um aviso de uma grande baderna que estaria por acontecer, a
fim de tentar impedir a posse do presidente eleito, dera-se ao final de dois
mil e vinte e dois, patrocinada por um tresloucado cidadão, dito empresário,
aprendiz de terrorista, atirador e colecionador de armas, vulgo, George
Washington, que teria confeccionado e armado bombas em veículo que seria
explodido, deixado nas proximidades do aeroporto brasiliense, com a finalidade
de provocar um cenário capaz de obrigar as forças armadas a intervir, o que
impediria, pelo menos, temporariamente, a posse do presidente recém-eleito.
Para o bem de todos, menos do maluco, que, espera-se, seja, exemplarmente,
condenado e muito bem preso, felizmente, malogrou a tentativa terrorista do
idiota criminoso.
O
que não se entende é o que teria levado as instituições de segurança públicas,
notadamente, as das áreas de inteligência do distrito federal, a, facilmente,
se desligarem de uma situação que continuava sendo de grande ameaça ao estado
democrático de direito brasileiro. Dormiram no ponto e agora terão que correr,
literalmente, atrás dos prejuízos. Tomara, consigam identificar os criminosos
que depredaram parte dos bens moveis, imóveis e obras de arte, constantes dos
inventários dos três poderes da república, e a Justiça, em nome da sociedade,
os faça pagar pelos danos causados.
Em
uma manifestação de grande apreço pela manutenção da lei e da ordem, nosso
neófito gestor público, antenado que só, antecipando-se ao desenrolar dos
próximos fatos, publicamente, comprometeu-se a, se for o caso, enviar agentes
de segurança mafrensinos para ajudarem nos trabalhos de apuração dos crimes
perpetrados na capital federal.
Como,
para o bem da democracia e da constitucional garantia plena, ampla e
irrestrita, à liberdade de expressão de ideias e pensamento, há aqueles que preferem perder um
amigo a uma boa piada, já se ouve por ai que gente especializada não faltará ao
gestor para enviar à Brasília auxiliar na apuração e elucidação dos fatos que
culminaram com a invasão do “capitólio tupiniquim”, a praça dos três poderes:
ele acaba de arrebanhar um bom plantel de profissionais de segurança egressos
do poder legislativo local; além do fato de, agora, poderem servir ao governo
federal, logo, ao país, a missão servirá, também, como de duro e efetivo
treinamento, haja vista estarem retornando de um longo período de atividades,
no mínimo, moderadas. Aos que forem, ou, se forem, boa sorte homens, bom
trabalho, não economizem adrenalina. Como diz nossa história regional: o
nordestino é, acima de tudo, um forte; e o hino do nosso estado alardeia: o
primeiro que luta é o Piauí.
Ah! Também por esses dias, desavisados desenterraram a demagógica lorota de divisão do Piauí. São Paulo e Rio Grande do Sul, quase do nosso tamanho; Minas Gerais e Bahia, bem maiores; Paraná, um pouco menor, todos muito mais ricos, não falam em divisão; os governantes conseguem administrá-los; nós precisamos de dois governadores, duas assembleias legislativas, dezenas de novas secretarias, diversos deputados e senadores, um novo poder judiciário, etc., etc., para cuidarem da mesma pobreza; ou esses iluminados acham que basta dividir para ficarmos ricos? Vamos trabalhar, gente!
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