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Por pura blague, no Grupo dos Poetas Mortais respondi a uma postagem pessoana com este poeminha:
ESFINGIDOR
O poeta é esfinge
E um grande simulador.
Enigmaticamente finge
Que não finge a dor
Da qual é o próprio causador.
A postagem do quarteto inicial do
poema Autopsicografia já havia sido respondida pelo poeta Carlos Pontes, quando
a respondi com o poeminha acima, que alguns poderão chamar de metapoema,
intertextualização, paráfrase ou até mesmo paródia, embora esta última deva ter
certa jocosidade.
Resolvi postar meu pequeno poema
em minha lista de transmissão e em vários grupos literários de WhatsApp. Para minha
grata surpresa, o minúsculo poema recebeu o elogio de várias pessoas e até
pequenos comentários.
Transcrevo, abaixo, algumas
dessas manifestações:
Meu dileto Confrade
El’mar.
Que somos dissimulados
Fingimos a todo tempo
Sermos
Submisso e maltratados
Mais um arguto olhar
Curioso clinico abalizado
Provar-nos-á em seu rigor
Que em vez de presas
Somos o predador!
E somos os lobos
Dos próprios lobos
E célula fagocitando
Somos os únicos
Seres viventes
Que das dores que deveras sente
Fingidas ou não fingidas
Fingimo-las dissimulando-as
Humanamente!
(Frederico Rebelo)
O poeta é um sofredor...
finge que é uma bela flor...
a paixão, a plena dor...
(José Luiz de Carvalho)
Poeta és, finge
Que causa dor,
Pois que fingir dor
É enigma maior
Do que “decifra-me
Ou te devoro”.
(Pedrinho Guitar)
E estou procurando percorrer o
labor'into de seus versos.
(Frederico
Rebelo)
Achei por bem responder o
seguinte ao amigo e poeta Frederico Rebelo: “Você é um novo Teseu e Dédalo e
Édipo, e vai desgraçar tanto a Esfinge como o Minotauro. E vai
revirar/desvendar o labirinto pelo verso e anverso.”
Você é um grande mestre dos
Poetas.
(José Paraguassu)
A blague do Elmar, com base na
famosa poesia de Fernando Pessoa, traduz um ensinamento digno do Pessoa.
Elmar não é um Pessoa, entanto, é
uma pessoa possuidora de postura plenamente capaz de produzir obras de sensível
beleza e sabedoria tanto quanto qualquer Poeta universal.
(Wilton Porto)
Agradeço a todos os amigos que se manifestaram sobre meu micro poema, que escrevi despretensiosamente. Na verdade o escrevi, como disse, por pura brincadeira, e talvez como um exercício de criatividade.
O amigo Antônio José Melo dos Santos, professor de Literatura e Português na Terra dos Carnaubais, me disse que iria usar o meu pequenino poema Esfingidor em sala de aula, para mostrar a seus alunos que a poesia ainda vive. Ou pelo menos sobrevive, digo eu.
Caro Elmar. Produzir poesia, é, mais do que tudo, brincar com as palavras, de várias formas, tendo como matéria-prima coisas e fatos e atos e sentimentos do dia a dia. Caso nos tornemos muito sério, muitos leitores se nos escapam pelos dedos. Seu metapoema bem o prova
ResponderExcluirWilton Porto
Caro Wilton,
ResponderExcluirPenso que uma pitada de humor, desde que não forçada, sempre enriquece uma peça literária.
Vc é miuito inteligente primo .parabéns .💚👍👍
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