NOVO SESSENTÃO
Elmar Carvalho
No sábado, fui à festa de
aniversário do Evangelista, casado com a Elza, amiga de minha mulher, e que
conheço desde o início de minha vida profissional, quando ingressei na ECT, em
setembro de 1975. Evangelista é um botafoguense afogueado e fogoso, de muito
entusiasmo e vibração, e a sua festa teve detalhes decorativos, que lembravam
essa sua condição de torcedor fervoroso.
Muitos convidados, além de seus
amigos, eram também adeptos do Botafogo. A festa aconteceu no salão nobre do
Jockey Club. Encontrei vários amigos, como o coronel Bastos, que foi meu colega
do curso de Direito, que não via há um bom tempo. À mesa dele estava o Antônio
Luiz Medeiros, promotor de Justiça aposentado, que hoje reside em Santa
Catarina.
Muitos colegas do aniversariante
usaram da palavra, e todos exaltaram as suas boas qualidades de cidadão e de
pai de família, bem como enalteceram o bom amigo que ele é. O Antônio Luiz, que
poderia ter sido juiz de Direito, mas optou em permanecer como membro do
Ministério Público, perguntou-me se eu não desejaria também falar. Respondi-lhe
que não, pois sendo flamenguista, não desejava botar fogo em festa
botafoguense.
Encontrei o meu xará Elmar Veras,
que deixou de ser louro, para assumir com galhardia os cabelos grisalhos.
Recordamos o tempo em que moramos na pensão de dona Teresinha Cardoso, que
ficava perto da Casa Saló, portanto, nas imediações da Escola Sambão e da Baixa
da Égua, de muita folia e tradição. Recordamos o Marcos, natural de Pedro II,
que era o meu relógio despertador, pois todo dia me acordava para me perguntar
as horas.
Dona Teresinha ficava furiosa com
a impertinência ingênua do Marcos. Para mim, teria sido mais proveitoso ter-lhe
dado o meu relógio, ou comprar-lhe um, para não ser perturbado em horário tão
matinal, pois ele acordava com as galinhas, na preocupação de não chegar atrasado
ao trabalho. Demorei pouco tempo na hospedaria, pois voltei para Parnaíba, para
cursar Administração de Empresas no campus local da UFPI.
Também encontrei o Vila Nova, que
por brincadeira chamo de grande Vilão, quando na verdade ele é um mocinho dos
filmes de antigamente. É um artista na arte da dança. Com a sua mulher,
praticou todo tipo de dança, tanto que eu lhe disse que ele não era apenas um
“pé de valsa”, como se dizia outrora, mas era também um pé de samba, um pé de
forró, um pé de tango, e, se alguém duvidasse, para não perder a viagem,
dançaria até ao som de um hino. Vila Nova, irmão maçônico, contou-nos uns casos
anedóticos e engraçados, de cunho autobiográfico.
Como não poderia deixar de ser,
cantamos a música Parabéns pra Você. E Evangelista bem fez por merecê-la, em
seus sessenta anos bem vividos.
26 de maio de 2010
COITADO: 60 Primaveras, QUASE Todas em SOFRIMENTO ESPORTIVO!...
ResponderExcluirMeus parabéns ao nobre amigo
ResponderExcluirbotafoguense e maçom assim como eu . Desejo vida longa e feliz.