Fonseca
Neto
Ele
destampou um baú e liberou às incensações do tempo um milhão de
pérolas. E você já as viu nos dons e tons violeta?
“Baú
de Pérolas”, livro de Nicolau Waquim Neto, vai ganhando corações
e mentes, desde que, há alguns dias, foi lançado em Timon e dado a
correr o mundo.
Neto
é um poeta, pois é escritor esmerado, conferindo corpo a essa obra
com material colhido de entre o chão comum de nossas vivências e as
vibrações da inteligência que lampejam no cosmos.
O
livro, e as fractais luminosas dos pensares que plasma mansamente e
cintila, constituem, todos, um corpo quase visceral de labor
pensante. Labor que revela as projeções da mente de um homem
entregue e parece que totalmente absorto na contemplação das sendas
chãs, à frente, daquela espécie de horizonte que a perspectiva do
olhar humano parece estreitar e as larguezas dos céus, em tudo, e
esperançosas, animam a seguir.
“Sem
brilho, não vivem as estrelas; sem poesia, não existem os céus...”:
este aforismo, capturado do movimento de timbres profundos das
culturas que fecundam e nutrem o devir com o sêmem do tempo,
reponta, nele, qual um proclama do elixir da vida.
Todos
os viventes no tempo sabem que os raios solar-estelares sopram a
energia da vida comum. Ou qual seria o sentido de todos os seres
vívicos, dos chamados reinos animal e vegetal, festejarem o sol-luz
como seu deus-criador, razão atemporal? Assim, por que viveriam as
estrelas de qualquer grandeza se não fossem incumbidas de criar
mundos sensíveis? Ora, o que são os céus? O sabem os que se erguem
românticos a ler as memórias dos filhos da luz e os chegados às
decifrações do deeneá daquele sementeiro do tempo.
As
pérolas que nos dá Waquim Neto em seu novo livro – e antecipa
vislumbres de novas obras –, guiam-nos na busca dos bons
propósitos; admoestam. Um libelo filosofal? Sem o vezo peremptório
e algo sôfrego dos que se faz em sede das acusações nos ritos das
leis triviais. Ele é um ilustrado membro do Ministério Público do
Maranhão, todavia, as sensações que lavrou, tal se sente em lê-lo,
o fez na face das pérolas, mais insculpindo que escriturando.
O
livro vem enriquecido com textos-apreciações de amigos do autor que
testemunham seu itinerário. De um de deles, José Soares de
Albuquerque, recorte-se o trecho em que observa que Neto “faz da
Humanidade a sua própria família e das letras o seu melhor
alimento” e que seus “aforismos são verdadeiras pérolas do
pensamento...”.
Bernadete
Maria de Andrade Ferraz, que igualmente o secunda em doce texto às
páginas 505/506, alude à “universalidade cósmica” do autor,
lembrando sua mente “sempre conclusiva e sublimada”. “Quem nada
escreve, da Humanidade se faz ausente”: Bernadete encorpa sua nota
posfacial de “Baú de Pérolas”, timbrando essa assertiva do
próprio Neto, para significar ainda mais o valor dessa aspersão de
pérolas literárias, por sobre Timon, Teresina, e o ecúmeno,
cálidas moradas de nossa finitude.
O
livro é escancaradamente um tributo a Chagas Rodrigues, homem
público exemplar, homenagem respeitosa, pois ambos, Chagas e Neto,
engrandecem-se por esse cultivar, comum, de sentido e vivência.
Nicolau
Waquim Neto nasceu em Teresina, s. à rua Riachuelo. Aqui estudou, e
também em Timon: nesta cidade maranhense se fez próximo do padre
Delfino Júnior, que por décadas operariou a paróquia de São José
e também tem parte privilegiada nas suas iluminações. Filho de
Violeta e José Waquim, seu corpo e mente são território e
intelecto e têm a ver com o país das mil e uma noites de
maravilhas.
Estudou
o futuro Promotor de Justiça, W. Neto, no velho “Colégio
Domício”, passou pelo Liceu Piauiense e se fez bacharel na
Faculdade de Direito do Piauí. Timon e Teresina assistem-lhe o
solene vozerio poético lapidado em escorreita letração.
Talhado
para as entidades acadêmicas, animou a fundação e preside a
Academia de Letras, Artes e Ecologia do Leste Maranhense.
Parabéns ap Professor e Acadêmico Fonseca Neto. O Acadêmico Nicolau Waquim foi bastante feliz ao escrever este livro. O fator preponderante é a ligação,amizade e fidelidade ao Ex-governador Chagas Rodrigues( não vemos mais isso nos dias atuais em que pessoas da mais alta influência nos últimos governos, tanto do Ex-governador Mão Santa, quanto do ex-governador Hugo Napoleão, hoje não lembram quase nada dos seus amigos governantes.
ResponderExcluirNicolau Waquim, é membro efetivo da ALLCHE(Academia Longaense de Letras Cultura História e ecologia).
Um abraço José Itamar (Cardiologista)