domingo, 11 de maio de 2014

MÃE SÓ TEM UMA


MÃE SÓ TEM UMA

Antonio Gallas

Passado os dias de abstinência e respeito da Semana Santa, nos quais o comércio faturou e muito na venda dos ovos de páscoa, a expectativa agora entre os comerciantes é o dia das mães, neste mês de Maio, e copa do mundo que se aproxima. Eles esperam “aquecer as vendas” nessas datas, como costumam dizer.

Para os brasileiros de um modo geral, a expectativa não gira apenas com relação ao dia das mães, mas, também, em torno da copa do mundo e das eleições deste ano. Os prognósticos de quem ganha ou de quem perde, de quem vai mudar do partido A para o partido B, já estão sendo feitos. Até apostas já se concretizam.

Nessa história de futebol e política o Brasil possui mais de 200 milhões de técnicos de futebol e de cientistas políticos. Cada um de nós brasileiros tem uma maneira própria de escalar a seleção, de dar sugestões, de optar por esse ou por aquele jogador, assim também como de fazer análises e dizer quem deve ou não ser o nosso representante em qualquer dos poderes políticos do país. Como disse, somos todos técnicos de futebol e cientistas políticos.

Já para os humoristas, qualquer assunto é um prato cheio, seja dia das mães, futebol ou política. Principalmente política. Não faltam charges onde a figura central é um político. Com relação aos episódios tristes que aconteceram na penitenciária de Pedrinhas no Maranhão e que certamente abalou a estrutura política da família Sarney, tão certo que a governadora Roseana desistiu de se candidatar ao Senado, muitas charges foram estampadas em jornais de todo o país, como também nas chamadas redes sociais da internet. Uma delas mostrava o presídio e os presos se amotinando e o rosto do senador Sarney bem grande ao fundo do desenho com os dizeres: “Retirar os presos de Pedrinhas é fácil, o difícil é retirar o Sarney do Maranhão” , e por aí vai...

Mas não é nem sobre futebol nem sobre política que pretendo referir-me neste escrito de hoje, mas sobre humor. Só o brasileiro tem um senso de humor à toda prova. Rir é um grande remédio para qualquer mal que nos aflige. Enquanto rimos esquecemos as dores, as mazelas, as dívidas...

É sobre a célebre frase “mãe só tem uma” que quero referir-me nesta crônica de hoje. Pois bem: a Isadora, uma amiga minha, convidou a mim e a outro amigo meu para irmos até sua casa no bairro Piauí, com intuito de saborearmos uma deliciosa moqueca de camarão feita por ela e, evidentemente, para molharmos a garganta, não faltaria aquela deliciosa “loura suada”, até porque isto aconteceu num segundo domingo de Maio, dia das mães. É de bom alvitre dizer que os camarões em apreço eram oriundos da cidade maranhense de Tutóia que é mundialmente conhecida pela qualidade de seus camarões. Também é bom lembrar que a Isadora ou Dorinha como a chamava na intimidade, era mãe do Vinícius, um garoto de cinco anos, muito inteligente que a tudo e a todos prestava muita atenção, e quando tinha oportunidade metia seu bedelho querendo expressar suas opiniões. Vamos lá ao fato: depois de degustamos a deliciosa moqueca e de bebericarmos diversas latinhas de cerveja de uma marca famosa bastante apreciada, Dorinha ordena ao Vinicius: - vá à geladeira e traga mais duas latas de cerveja. Passado alguns instantes Vinícius grita de onde estava MÃE, SÓ TEM UMA”!    

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