MÃE
SÓ TEM UMA
Antonio
Gallas
Passado
os dias de abstinência e respeito da Semana Santa, nos quais o
comércio faturou e muito na venda dos ovos de páscoa, a expectativa
agora entre os comerciantes é o dia das mães, neste mês de Maio, e
copa do mundo que se aproxima. Eles esperam “aquecer as vendas”
nessas datas, como costumam dizer.
Para
os brasileiros de um modo geral, a expectativa não gira apenas com
relação ao dia das mães, mas, também, em torno da copa do mundo e
das eleições deste ano. Os prognósticos de quem ganha ou de quem
perde, de quem vai mudar do partido A para o partido B, já estão
sendo feitos. Até apostas já se concretizam.
Nessa
história de futebol e política o Brasil possui mais de 200 milhões
de técnicos de futebol e de cientistas políticos. Cada um de nós
brasileiros tem uma maneira própria de escalar a seleção, de dar
sugestões, de optar por esse ou por aquele jogador, assim também
como de fazer análises e dizer quem deve ou não ser o nosso
representante em qualquer dos poderes políticos do país. Como
disse, somos todos técnicos de futebol e cientistas políticos.
Já
para os humoristas, qualquer assunto é um prato cheio, seja dia das
mães, futebol ou política. Principalmente política. Não faltam
charges onde a figura central é um político. Com relação aos
episódios tristes que aconteceram na penitenciária de Pedrinhas no
Maranhão e que certamente abalou a estrutura política da família
Sarney, tão certo que a governadora Roseana desistiu de se
candidatar ao Senado, muitas charges foram estampadas em jornais de
todo o país, como também nas chamadas redes sociais da internet.
Uma delas mostrava o presídio e os presos se amotinando e o rosto do
senador Sarney bem grande ao fundo do desenho com os dizeres:
“Retirar os presos de Pedrinhas é fácil, o difícil é retirar o
Sarney do Maranhão” , e por aí vai...
Mas
não é nem sobre futebol nem sobre política que pretendo referir-me
neste escrito de hoje, mas sobre humor. Só o brasileiro tem um senso
de humor à toda prova. Rir é um grande remédio para qualquer mal
que nos aflige. Enquanto rimos esquecemos as dores, as mazelas, as
dívidas...
É sobre a célebre frase “mãe só tem uma” que
quero referir-me nesta crônica de hoje. Pois bem: a Isadora, uma
amiga minha, convidou a mim e a outro amigo meu para irmos até sua
casa no bairro Piauí, com intuito de saborearmos uma deliciosa
moqueca de camarão feita por ela e, evidentemente, para molharmos a
garganta, não faltaria aquela deliciosa “loura suada”, até
porque isto aconteceu num segundo domingo de Maio, dia das mães. É
de bom alvitre dizer que os camarões em apreço eram oriundos da
cidade maranhense de Tutóia que é mundialmente conhecida pela
qualidade de seus camarões. Também é bom lembrar que a Isadora ou
Dorinha como a chamava na intimidade, era mãe do Vinícius, um
garoto de cinco anos, muito inteligente que a tudo e a todos prestava
muita atenção, e quando tinha oportunidade metia seu bedelho
querendo expressar suas opiniões. Vamos lá ao fato: depois de
degustamos a deliciosa moqueca e de bebericarmos diversas latinhas de
cerveja de uma marca famosa bastante apreciada, Dorinha ordena ao
Vinicius: - vá à geladeira e traga mais duas latas de cerveja.
Passado alguns instantes Vinícius grita de onde estava MÃE, SÓ TEM
UMA”!
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