Esdrúxulo
Hardi
Filho (1934)
A prata, o caviar, a mesa
elástica,
riem do pobre
e lhe pesam no vazio
estômago.
O lustre, o veludo, o
mármore,
esbofeteiam
a face do menino pálido.
Dói no seu corpo o
sacrifício
da ingênua espera:
aberta mão ao desviado
prêmio
De tanto conviver com
áscaris
morre o menino
de alma e coração
imáculos.
Uma paixão antiga, hoje
única,
domina o mundo.
É torturante a dor sem
número.
Nenhum comentário:
Postar um comentário