Paulo de Tarso Mendes de Souza, Natim Freitas, Canindé Correia, Zico, José Hamilton Castelo Branco, Elmar e Fátima Carvalho |
Elmar visto pelo chargista e flamenguista Gervásio Castro |
Com
Elmar Carvalho, na “Toca do Velho Monge”
Dagoberto Carvalho Jr.
Da Academia Piauiense de Letras
Encontro-me, reencontro com o poeta,
“doutor-juiz”, confrade na ilustre Casa de Lucídio Freitas,José Elmar de Melo Carvalho,
piauiensemente, na “Toca do Velho Monge”. Não em sua poética casa de campo –
ou, talvez, só “refugiumpecatorum” (como sofrem, ou às musas, de corpo e alma,
se entregam os poetas –,no sítio Filomena, à margem idílica de nosso eterno e
inspirador Paraguassu; mas no novo livro que lhe toma o nome e as saudades da
vida inteira, reunindo crônicas que “sabem”(dizemos portugueses referindo-se a
“sabor”), à boa linguagem poética.
Conhecemo-nos bem antes da “Toca” de que
se fala e exalta onde, decerto, Elmar viverá “a esperança de óculos” – como na
letra (Zé Rodrix / Tavito), de bela canção interpretada
por Elis Regina –; antes da magistratura profissional (que abraçou com
dignidade e o levou a Oeiras) e da chegada do poeta (cedo consagrado) à
Academia Piauiense de Letras, com o voto do cronista que se antecipava confrade,
na ilustre casa; por apresentação do escritor Antônio Reinaldo Soares Filho,meu
cunhado e amigo de ambos.Autografei-lhe, então, exemplar de “Passeio a Oeiras”;
livro de cuja sexta e mais recente edição foi prefaciador. Belo texto datado de
São Gonçalo da Regeneração.
Velha-cap que seria segunda terra do
poeta campomaiorense, sua “cidade da memória”, porquanto ali, inspirado,
escreveu “Noturno de Oeiras”, livro-poema que lhe garante a conterraneidade de
que muito nos orgulhamos – os oeirenses todos – e o elevado conceito humano e
literário em que sempre o tivemos. “Noturno” a que não me deixo de associar
pelo motivo, mesmo, de nossos livros basilares;que teve edição apresentada na
cidade em dezembro de 2010, no IBENS, pelo também escritor Moisés Reis. Não por
acaso no encerramento do ano em que fui homenageado pelo projeto “De poeta,
músico e louco, em Oeiras todos tem um pouco”. Sobre o evento, escrevi “Moisés
Reis, Elmar e o Natal de Oeiras”, incluído no meu “De lembrança em lembrança –
Eça de Queiroz e outras memórias”.
Por lá também apareceu como editor e
apresentador de livro de ensaios de Expedito Rêgo, registrada – na quarta capa
– modesta opinião do signatário. Estive presente à merecida festa literária.
Mas, voltando e prendendo-me ao novo
livro de Elmar Carvalho – renovada a admiração de leitor com pretensão e lentes
de crítico – destaco, além, naturalmente, do texto sobre o “mafrensino” Riacho
da Mocha, os títulos: “Rio Parnaíba: problemas e soluções”, “Lagoa do Portinho
– uma morte anunciada”, “Preservação e revitalização do
Rio
Parnaíba”, “Cemitério Velho – museu e memorial” e “O sonho de Lauro: a
ferrovia, o rio e o porto”. Literatura com responsabilidade social.
Bem haja meu caro poeta!
Fonte: Diário
do Povo (Opinião), Teresina, 16 de agosto de 2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário