Ontem, em companhia do Canindé Correia fui ao lançamento da obra Fragmentos, da autoria do poeta, cronista, memorialista e articulista Carlos
Henriques Araújo, autor de outros livros de crônicas e de poemas. O evento
aconteceu no SESC/Caixeiral. Lá encontrei vários amigos e confrades da Academia Parnaibana de Letras.
Usamos da palavra, além do autor, Alcenor Candeira Filho, Israel Correia, Dilma
Pontes e este escriba. Todos na base do improviso. Alcenor, além de fazer o
elogio do autor e do livro, como os demais, terminou fazendo um improviso sobre
a arte ou “desastre” do improviso. Fiz o que se chama na música uma variação
sobre o mesmo tema, pegando como mote o que disseram os meus antecessores,
acrescentando novos ingredientes.
Entre os amigos presentes, encontrei Marçal Paixão,
que nutria grande admiração, assim como eu, por Genésio da Silva Costa, o
Geruca, craque do futebol parnaibano e mestre na arte de rebobinar motores
elétricos. Era um entusiasta da música e do futebol. Era também um entusiasmado
e atraente conversador, um verdadeiro causeur, de memória prodigiosa, tão
prodigiosa que me repassou notáveis informações sobre os principais craques do
futebol parnaibano, que muito enriqueceram o meu livro O Pé e a Bola.
Disse-me Marçal que havia escrito, por ocasião do falecimento
de Genésio, um pequeno texto em sua homenagem. Pedi-lhe que o enviasse por
e-mail, para que eu o publicasse em meu blog. Eis o seu pequeno e belo texto:
GENÉSIO DA SILVA COSTA
Marçal Paixão
No dia 31 de julho de 2015, faleceu, aos 90 anos, o grande
amigo GENÉSIO DA SILVA COSTA, conhecido por alguns como“GERUCA”, da época em
que foi craque de futebol (década de 1940). Genésio Costa não foi craque só no
futebol, mas em todos os setores de sua vida. Pois apesar de ser uma pessoa
simples, era portador de muita sabedoria. Era um homem digno, de uma reputação
invejável. Rico em virtudes e em sensibilidade. Desempenhou bem sua função por
onde passou. Foi funcionário da Estrada de Ferro do Piauí, transferindo-se, com
a extinção dela, para a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e foi um
competente profissional liberal na área da eletricidade (rebobinamento de
motores).
Foi um homem que soube cumprir sua missão com dignidade e
aproveitar a vida com alegria, pois era muito amigo da música, por sinal. Foi
querido por todos, pois sabia comportar-se onde se fazia presente. Era
habilidoso no trato com as pessoas e na arte de fazer amigos. Foi um pai de
família exemplar, conduzindo a família sempre no caminho da retidão, através do
diálogo, que sabia fazer muito bem, Eu me sentia privilegiado por gozar da sua
amizade, há mais de quarenta anos, e tenho apreço por todos os seus familiares.
Roguemos a Deus para que sua vida, consciente do dever cumprido, seja
passaporte para uma vida espiritual de louvor e muita paz.
Em nome de minha família, renovo condolências à D. Maria
Brígida (viúva), aos filhos Nazaré, Rita, Genário, Gilmar, Gílson, Gildásio e
Geísa e aos demais familiares, inclusive noras, genros, netos e bisnetos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário