O tropel de Lampião
Leandro Cardoso Fernandes
Cardiologista, pesquisador e poeta
Coautor do livro Lampião: a medicina e o cangaço
No sertão de Pernambuco
Cavalgou um grupo alado,
Avante, gritando vivas,
Antônio e Livino do lado.
De onde vinham, não sei!
Pra onde vão, quem sabe?
Só sei que onde passarem,
Talvez o mundo se acabe.
Mandando n’aquela gente
Tinha um rei d’um olho só;
A grande coroa de couro,
Coberta de sangue e de pó.
Não se viu tanta riqueza
Nem nos bancos do Recife,
Como a que tinham na testa
E na bandoleira do Rifle.
Arreda daí, Severino!
Vai pra junto do teu pai.
Pois onde passa essa gente
O mato não cresce mais.
Passou e sumiu na poeira
Aquele doido grupo alado,
Deixando n’aqueles pobres
O coração aliviado.
Mesmo após mais de 70 anos da sua morte, Virgulino Ferreira da Silva, aquele menino do sertão nordestino que se transformou no temido lampião ainda não foi esquecido, e sua extraordinária história leva a crer que nunca o será.
ResponderExcluirab.hl, sp
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirDr Leandro faz com que o Cangaço se torne conhecido pelas novas gerações. O nome dos componentes do bando de Lampião que no passado causavam arrepios, agora com as informações do acadêmico nos faz voltar ao passado
ResponderExcluirUm abraço Itamar