DIÁRIO
[José de Freitas: passado e presente]
Elmar Carvalho
03/06/2020
Ontem, por
volta das dez e meia, recebi um telefonema do economista e ex-prefeito de José
de Freitas, Fernando de Almendra Freitas, descendente do patriarca que deu seu
nome à velha Livramento. Disse-me que estava escrevendo um histórico sobre a
Igreja de Nossa Senhora do Livramento, e me perguntou onde poderia encontrar o
livro do saudoso padre Cláudio Melo, que traçava breve relato da velha capela, hoje
imponente matriz.
Respondi-lhe
que recentemente, pela Coleção Centenário, a Academia Piauiense de Letras havia
publicado o volumoso livro Obra Reunida, que era quase a obra completa do
grande historiador piauiense, um dos maiores de nosso estado, pois enfeixava
todos os seus livros, inclusive a sua tese de doutorado, com exceção, talvez,
de um ou dois, de que tive a honra de lhe fazer o prefácio. Perguntou-me onde o
poderia adquirir.
Disse-lhe
que a nossa Academia, por decisão da Assembleia, entrara de recesso até o final
da quarentena covidiana, e que as livrarias ainda estavam fechadas, como era de
seu conhecimento. Todavia, acrescentei, por sorte eu tinha dois exemplares, e lhe poderia ofertar um. Combinamos que o deixaria na portaria do condomínio
e que ele viria buscá-lo às dez horas do dia seguinte.
Com efeito,
às onze horas liguei para a portaria, para saber se o Fernando tinha vindo
pegar a monumental obra da historiografia do Piauí. O Eliomar me respondeu que
ele não só viera, como deixara uma encomenda para mim, que não fazia parte do combinado,
e que, portanto, não me fora anunciada.
Incontinenti,
fui buscá-la. Tratava-se de um mimo: uma bela camisa do Festejo de Nossa
Senhora do Livramento, do ano passado, em que se encontra estampada a bela
igreja da padroeira, que tantas vezes admirei no ano de 1970, ano do
tricampeonato, ganho pela Seleção Brasileira, quando, aos 14 anos de idade,
residi na bela e bucólica cidade, numa das quadras mais felizes de minha vida, na
época em que era vigário o padre Deusdete Craveiro de Melo, meu diretor e
professor no Ginásio Moderno Estadual Antônio Freitas, e o livro José de
Freitas: passado e presente, da autoria da professora Pastôra Lopes de Lima
Carvalho. Sua capa é um lindo bico de pena dos tiradores de palha e dos
carnaubais freitenses, em que sequer foram esquecidos dois operosos jegues e
algumas belas pindobas.
Pelo título
e pelo índice, e pelo que pude folhear, a obra historiográfica relata a rica
história e genealogia do município, em cuja folha de rosto se encontra lavrada
a amável dedicatória: “Para o imortal da APL Elmar Carvalho com nosso abraço em
nome da Academia Freitense de Letras, Ciências e Artes – AFL – José de Freitas,
03 de junho de 2020 – Fernando de A. Freitas”.
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