As “Reminiscências” de Antônio
Gallas
Elmar Carvalho
Poucos dias atrás, recebi pelos
Correios o livro “Reminiscências” do professor, escritor e jornalista Antônio
Gallas. Sobre ele, ao longo de quatro décadas, já escrevi vários textos; muitos
dos quais podem ser encontrados na Internet. O volume, por sinal bem impresso, foi
publicado pela SIEART. Como a sua capa já nos informa, é composto de contos,
causos, crônicas e poesias. Pode ser adquirido com o autor, através do
telefone/WhatsApp 041 – 86 – 98861 – 2126. Transcrevo abaixo o comentário que
já tive o ensejo de fazer sobre essa obra literária:
“Mais ou menos parafraseando o
escritor e jornalista Gabriel Garcia Márquez, diria que um ficcionista, se
tiver talento, poderá transformar um fato verdadeiro ou real em um bom conto ou
romance, modificando-o, exagerando-o, enfeitando-o, enquanto um jornalista, se deturpar
a verdade, poderá para sempre perder a sua reputação e credibilidade.
Antonio Gallas Pimentel é
jornalista e contista. Como jornalista nunca falseou a verdade, relatando-a em
sua inteireza; por isso, manteve sua reputação, a sua autoridade e credibilidade.
Como escritor, tem contado estórias interessantes, atraentes, inusitadas, e
muitas vezes jocosas, engraçadas, que nos fazem soltar boas gargalhadas.
O protagonista, em muitas delas,
é o seu “seu sobrinho Prodamor”; mas acredito que, em várias, é o próprio autor
travestido de Prodamor. Alguns desses relatos, em menor ocorrência, são contos
dramáticos, e outros chegam a nos revelar verdadeiras tragédias, em que a
miséria humana reponta em toda a sua crueza. Contudo, em sua maioria, essas
narrativas são “causos”, que nos encantam em sua singeleza e peculiaridade,
pelo seu humor singular e inesperado.
Seja como escritor ou como
jornalista, o professor Gallas primou sempre por uma linguagem objetiva,
concisa, escorreita, como, aliás, preconizam os melhores manuais de redação.
Nunca gostou de frases quilométricas, cheias de atavios e de “cipós retorcidos
e floreados”, como pretensos estilistas gostam e propalam.
Preferiu seguir a praxe do bom
jornalismo, com o uso de frases curtas, diretas e claras. Em determinada época,
quando a Rádio Educadora era a única emissora de comunicação no norte do Piauí,
suas crônicas eram lidas pelas belas e vibrantes vozes de Gilvan Barbosa e
Reginaldo Mendes, que marcaram época na radiodifusão parnaibana. Essa praxe, ainda
mais aprimorada, ele levou para a sua ficção. E fez muito bem.”
AGRADEÇO SENSIBILIZADO AO POETA ELMAR CARVALHO PELAS PALAVRAS ELOGIOSAS AO MEU TRABALHO, AS QUAIS CERTAMENTE ME DEIXARAM FELIZES. RECEBI-AS COMO UM INCENTIVO A CONTINUAR CADA VEZ MAIS APRIMORANDO MEUS ESCRITOS DENTRO DESSA LÓGICA DE RETRATAR DE UMA FORMA BEM HUMORADA ALGUNS FATOS ÀS VEZES VIVIDOS POR MIM MESMO E POR OUTAS PESSOAS CONHECIDAS E AMIGAS. OBRIGADO POETA E ESCRITOR ELMAR CARVALHO, NOME QUE HONRA A LITERATURA PIAUIENSE E QUE COM MUITO ORGULHO CONSERVO VOSSA AMIZADE.
ResponderExcluirDe nada, professor e escritor Antônio Gallas. Você merece as palavras que eu disse. Além do mais, você tem uma trajetória jornalística e literária, que já se desdobra por mais de quatro décadas. Ademais, você não pensa apenas em si mesmo, mais tem um trabalho em torno do coletivismo e do associativismo. Muitas salvas de palmas para você.
ResponderExcluirCaro Elmar Carvalho, nossos escritores (Assis Brasil, Magalhães da Costa, Elmar Carvalho etc) e os que moram aqui há muito tempo em nossa terra (como por exemplo, Kenard Kruel que estou lendo agora: Genu Morais - a Mulher e o Tempo) não ficam a dever aos grandes escritores nacionais. Não tive a oportunidade de ler um livro do Professor e escritor Antonio Gallas, mais em breve terei essa oportunidade que você já teve em ler essa obra dele.
ResponderExcluirAbraços,
Everardo Oliveira-Parnaibano
Caro Professor Gallas, li sua bela obra “Reminiscência-contos causos crônicas poesias”, terminei de lê-la exatamente no dia de Santo Antônio (13/06/2021), Santo que lhe empresta o nome. Gostei muito do seu estilo literário em que você descreve tão bem as personagens que cheguei me considerar uma delas. Falo em especial do conto natalino de Noite Feliz. Fiquei tão impressionado com esse conto que procurei mentalmente saber onde seria essa oficina do Rafael na Guarita, já que foi este o bairro em que nasci na minha querida e invicta Parnaíba. A escola do SENAI que ele passou e eu também estudei nos anos de 1978 a 1980. A oficina do Chico Pato na Guarita onde o dono Chico Pato era meu vizinho. Foi uma viagem no tempo que sua obra me propiciou. Muito obrigado!
ResponderExcluirEverardo Oliveira