Elmar e Socorro Meireles, em fotografia feita por Luíza Amália |
LUÍZA AMÁLIA, UMA CAÇADORA DE IMAGENS
Elmar Carvalho
Por e-mail, recebi da Luíza
Amália Meireles, amiga dos tempos parnaibanos, várias fotos do lançamento do
livro “O que os netos dos vaqueiros me contaram – o domínio oligárquico no Vale
do Parnaíba”, de Manuel Domingos Neto, a que já me referi, na nota anterior.
Ela, mercê de seu esforço e através de concurso público, é auditora-fiscal da
Receita Federal.
Cultiva o hobby da fotografia,
assim como seu irmão Meireles, chamado pelo Reginaldo Costa de “santo”,
exatamente pela sua quase beatitude e mansidão de pessoa boa. Na fila dos
autógrafos, fiquei imediatamente atrás de sua irmã Socorro, que ocupa uma das
diretorias da Secretaria Estadual da Educação. Tanto o Meireles como a Socorro
ajudaram o jornal Inovação em sua luta quixotesca por um mundo mais justo e
mais fraterno.
Numa das vezes em que a Luíza me
fotografava, um amigo ficou na frente da mira para me cumprimentar. Este fato me
fez lembrar das lendas dos caçadores, muitos deles versados em mistificações
hiperbólicas, que muitas vezes, quando estão concentrados na pontaria, são
atrapalhados por alguma circunstância fortuita ou por alguma assombração
protetora dos animais.
Encontrei na solenidade o
teatrólogo e intelectual Tarciso Prado, quase totalmente recuperado de um
grande susto que levou, quando um infarto lhe pregou uma peça – sem trocadilho
dramatúrgico nenhum – da qual saiu ileso. Quando cheguei, conversava ele com o arquiteto
Olavo Pereira, cujo livro sobre arquitetura piauiense o Tarciso considera como
um dos melhores no gênero.
Olavo é parente de vários amigos
meus e do saudoso Francisco Pereira da Silva, natural de Campo Maior, um dos
maiores teatrólogos do Brasil, cuja obra
completa foi recentemente editada, pela FUNARTE, órgão do Ministério da
Cultura. Há cinco anos existe uma lei estadual prevendo a criação de um
memorial em homenagem ao Chico, mas, por mistérios insondáveis, que nem uma
sibila seria capaz de explicar, não construído até hoje.
Mas por que mudei tanto de
assunto e de modo um tanto abrupto, em texto tão curto, é um mistério que nem
eu mesmo sei explicar, a não ser fazendo uma analogia com o título deste
registro: Luíza Amália é uma caçadora de imagens, e eu sou um caçador de assunto
e de conversa.
4 de maio de 2010
Kkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirExcelente crônica do jovem e ainda cabeludo Elmar.
ResponderExcluirMuito obrigado. Na época, ainda mais ou menos jovem, e ainda com uns bons filhos de cabelo. Kkkkkk.
ResponderExcluirCorrigindo o corretor automático: ficamos, e não filhos.
ResponderExcluirQue coisa: fiapos, e não "ficamos".
ResponderExcluirComento sobre a postagem de 19 de janeiro de 2023: Fiquei na dúvida se a data do escrito é de agora janeiro de 2023, ou da data no final da escrita: 04 de maio de 2010. Acho, e posso até ter certeza, que é de 2010. Então vejamos: -"Encontrei na solenidade o teatrólogo e intelectual Tarciso Prado, quase totalmente recuperado de um grande susto que levou, quando um infarto lhe pregou uma peça – sem trocadilho dramatúrgico nenhum –" - Digo eu, o Tarcísio, além de intelectual e teatrólogo em Teresina, Pi. nosso aparentado, era funcionário do Banco do Brasil. Já faleceu, depois de uma longa e sofrida tentativa de cura.
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