Feliz idade
Sousa Filho
Antes de iniciar esse escrito
Ele já torna meus olhos mares revoltosos
Tornando-os rubras cachoeiras:
Por isso, devo perguntar:
Sou fúnebre? Sou feliz? Não sei.
Hoje, data funeliz, deveria eu ser fúnebre?
Hoje data funeliz, deveria eu ser feliz?
Hoje, data funeliz, devo chorar?
Hoje data funeliz, devo sorrir?
Hoje, data funeliz, o que faço?
Minha alegria é triste...
Minha parcial tristeza, insiste
Em refrescar minha memória
Do quão sou funeliz.
Por quê? Por quê?
Não sei; não há resposta pronta.
Talvez, sequer haja resposta.
Quem sabe alguém me rotule de aglutinante...
Quem sabeaAV, alguém me rotule de neologístico.
Talvez não me rotulem...
Talvez... Não importa!
Ser fúnebre...
Ser feliz...
Ser funeliz...
O que importa?
Se, na verdade, essa data independe
De conceitos formulados à revelia
Hoje é teu aniversário, irmão.
Embora morto, vives em meu coração
E na minha memória,
Não lembrarei (apenas) de meus oito anos
(Sem alusão a Casemiro),
Mas, inerente à nossa irmandade,
Só te vejo vivo, vivendo.
A teu ver...
O que devo ser hoje, data do teu aniversário?
Fúnebre?
Feliz?
Funeliz?
O que me dizes, visto que estás vivo em meu coração e em memória?
Independente de qualquer coisa
Receba meus parabéns com felicidade
Nessa feliz idade.
Esse é o singelo presente de aniversário que funelizmente , te ofereço.
Parabéns, irmão!
Praia da Pedra do sal , em Parnaíba, Piauí;
08/08/2021 - Poema em homenagem ao meu amado irmão Edmar Ferreira de Sousa (in memórian).
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