quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Feliz idade



Feliz idade 


Sousa Filho


Antes de iniciar esse escrito

Ele já torna meus olhos mares revoltosos

Tornando-os rubras cachoeiras: 

Por isso, devo perguntar:

Sou fúnebre? Sou feliz? Não sei.

Hoje, data funeliz, deveria eu  ser fúnebre?

Hoje data funeliz, deveria eu ser feliz?

Hoje, data funeliz, devo chorar?

Hoje data funeliz, devo sorrir?

Hoje, data funeliz,  o que faço?

Minha alegria é triste...

Minha parcial tristeza, insiste

Em refrescar minha memória

Do quão sou funeliz.

Por quê? Por quê?

Não sei; não há resposta pronta.

Talvez, sequer haja resposta.

Quem sabe alguém me rotule de aglutinante...

Quem sabeaAV, alguém me rotule  de neologístico.

Talvez não me rotulem...

Talvez... Não importa!

Ser fúnebre...

Ser feliz...

Ser funeliz...

O que importa?

Se,  na verdade, essa data independe

De conceitos formulados à revelia

Hoje é teu aniversário, irmão.

Embora morto, vives em meu coração

E na minha memória, 

Não lembrarei (apenas) de meus oito anos 

(Sem alusão a Casemiro),

Mas, inerente à nossa irmandade, 

Só te vejo vivo, vivendo.

A teu ver...

O que devo ser hoje, data do teu aniversário?

Fúnebre?

Feliz?

Funeliz?

O que me dizes, visto que estás vivo em meu coração e em memória?

Independente de qualquer coisa

Receba meus parabéns com felicidade

Nessa feliz idade.

Esse é o singelo presente de aniversário que  funelizmente , te ofereço.

Parabéns, irmão!


Praia da Pedra do sal , em Parnaíba, Piauí;

08/08/2021 - Poema em homenagem ao meu amado  irmão Edmar Ferreira de Sousa (in memórian). 

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