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Capela de N. Sra. do Rosário, na fazenda Frecheiras da Lama |
Mestre-de-Campo Diogo Álvares
Ferreira e a capela de Frecheiras da Lama
Reginaldo Miranda[1]
A família Veras ou Ferreira de
Veras, de Parnaíba, deita suas origens em princípio do século XVIII, quando os
irmãos Domingos Ferreira de Veras e Thomas Ferreira de Veras, chegaram ao termo
de Igarassu, em Pernambuco, provenientes da cidade do Porto, no norte de
Portugal. Eram filhos de Matheus Ferreira de Veras[2]. Dali, por volta de 1710,
passaram para a ribeira do Coreaú, na capitania do Ceará Grande, porque
Domingos foi nomeado para o posto de capitão da vizinha vila da Parnaíba, no
Piauí, oportunidade em que combateu as nações indígenas da região. Em seguida,
foi pelo governador de Pernambuco, D. Lourenço de Almeida (1715 – 1718),
nomeado para o “posto de coronel de infantaria da ordenança do distrito da
serra de Ibiapaba até o distrito da vila da Parnaíba, que criou de novo em
virtude de uma ordem régia de 20 de janeiro de 1699, por ser conveniente ao
Real Serviço que nas freguesias do sertão daquela capitania haja capitães mores
e mais cabos necessários que deem auxílio de braço militar para boa
administração da justiça”. Essa nomeação foi confirmada por El Rei em 13 de
março de 1720, em razão do “dito Domingos Ferreira de Veras ser um dos homens
nobres e afazendados daqueles sertões e ter servido bem no posto de capitão da
vila da Parnaíba, do qual fez séquito e algumas vezes guerra ao gentio bárbaro
em defensa não tão somente das suas próprias fazendas mas de outras muitas que
há na sua vizinhança nas quais o dito gentio causou muitas extorsões e
hostilidades naqueles moradores por ficarem mui distantes da vila do Ceará.
Havendo-se nessas ocasiões com reconhecido zelo do Real Serviço”[3].
Mais tarde, seguindo suas pegadas
vieram do reino também os sobrinhos Domingos e Diogo Álvares Ferreira, naturais
da cidade de Braga, filhos de Diogo Álvares e Senhorinha Gonçalves. Esses
ambiciosos lusitanos não perderam tempo porque vieram para trabalhar e fazer
fortuna, como muitos outros de seus compatriotas. Desde os primeiros dias de
sua chegada trataram de plantar lavouras e chantar currais. O coronel Domingos
Ferreira de Veras, que liderava a família, estabeleceu sua morada e currais na
fazenda Tiaia, depois expandindo seus currais pelas matas de Ubatuba e
Camurupim, onde, em 1719, conseguiu seis léguas quadradas de sesmaria. Nesse
mesmo ano ainda conseguiria outra com o mesmo nome de Ubatuba; por fim, com a
multiplicação dos currais no ano de 1751, conseguiu o reconhecimento de mais
sesmarias nos vales dos riachos Ubatuba, Boqueirão, Camurupim, Timonha e
Barroquinha. No ano seguinte, consegue a confirmação da data de sesmaria no
sítio Salinas, ribeira do Caruaju. “Juntamente com seu sobrinho, Diogo Álvares
Ferreira, foram irmãos fundadores da Irmandade do Santíssimo Sacramento, ereta
na matriz da Caiçara (hoje Sobral), no dia 15 de setembro de 1752, sob a
orientação do carmelita Frei Manuel de Jesus Maria”[4].
Em 1723, foi a vez do capitão
Thomas Ferreira de Veras, tio e, posteriormente, sogro do mestre-de-campo Diogo
Álvares Ferreira, conseguir uma sesmaria com três léguas quadradas no riacho
Camurupim. Em 1732, conseguiu outra
sesmaria de igual área na Barroquinha. Por fim, em 1751, teve deferido mais
dois pleitos de sesmarias nos lugares Riachão e Barra do Igarassu. Thomas
Ferreira de Veras casou-se em Igarassu, Pernambuco, com Joana da Costa Furtado,
depois passando a residir na fazenda Curral Grande, por ele fundada na região
de Ubatuba, hoje no distrito de Ibiguaçu, termo do município de Granja.
Conforme se pode observar muitas das sesmarias concedidas a ele e ao irmão,
ficavam localizadas no Piauí, território da freguesia de Nossa Senhora do Carmo
da Piracuruca, hoje nos municípios de Cocal, Luiz Correia e Parnaíba. O casal
Thomas Ferreira de Veras e Joana da Costa Furtado, gerou os seguintes filhos,
todos naturais da freguesia de S. José da vila de Granja: 1. Micaela da Silva
Ferreira, casou-se com o português Mathias Pereira de Carvalho, natural da
cidade do Porto; 2. Maria dos Reis de Veras, falecida com testamento em 2 de
junho de 1806, vítima de hidropisia, foi casada com o primo português Domingos
Álvares Ferreira, natural da cidade de Braga (irmão do mestre-de-campo Diogo
Álvares Ferreira), de cujo consórcio geraram 9 filhos, sendo 3 machos e 6
fêmeas[5]; e, 3. Francisca Thomasia Ferreira de Veras.
Em 3 de outubro de 1751, na
igreja matriz da Caiçara, hoje Sobral, no Ceará, o português Diogo Álvares Ferreira
casou-se com a prima Francisca Thomasia Ferreira de Veras, filha do seu tio
capitão Thomas Ferreira de Veras, natural de Braga e de sua esposa Joana da
Costa Furtado, natural do Igarassu, em Pernambuco[6].
É certo que ao menos no primeiro
ano de casamento os nubentes permaneceram morando em casa dos pais da noiva,
situada na fazenda Curral Grande, termo da vila de Granja, onde participavam da
vida social, econômica e religiosa, a exemplo da referida fundação de uma
irmandade, no ano seguinte. Logo mais, com a expansão do rebanho e tendo por
ponta de lança aquela fazenda, desceram a serra e vieram situar seu rebanho na
fazenda Pacoty, que a denominaram Nossa Senhora do Rosário ou Nossa Senhora do
Rosário do Pacoty, termo da freguesia de Nossa Senhora do Carmo da Piracuruca,
cujas terras compraram a Dionizio Dias, que dela tinha data confirmada desde 13
de outubro de 1746. Essa fazenda foi concedida a Dionizio Dias, com “três
léguas de terra de comprido, e uma de largo na paragem a que chamam os Atoleiros
incluindo-se a fazenda chamada Pacoty”[7], pelo capitão general do Maranhão
João de Abreu Castelo Branco, em 22 de setembro de 1744. Popularmente, esses
atoleiros ou terrenos embrejados ficaram conhecidos por Frecheiras da Lama, em
razão do brejo ali existente. Depois de adquirirem as terras, mudaram seu nome
em homenagem à santa de sua devoção. E construíram casa de morada com oratório
ao lado de um fértil regato, cujas nascentes brotam ao fundo, na distância de
três braças, sendo a água límpida facilmente apanhada para o consumo doméstico
e também serviam para bebedouro dos animais. Também seu irmão e concunhado
Domingos Álvares Ferreira, comprou a Antônio Rabelo Cardoso, outra propriedade
contígua, de igual dimensão, a que denominou com igual nome, onde também situou
rebanho.
Seja pela fertilidade do solo e
pela laboriosidade de seus possuidores, o gado bovino e cavalar ali situado
cresceu vertiginosamente, sendo os bois vendidos nas feiras do litoral e, logo
mais, para as indústrias de charques da Parnaíba. Os cavalos eram vendidos
primordialmente para fazendeiros das regiões de Campo Maior, Marvão, Piracuruca
e Parnaíba, no Piauí, assim como nos altiplanos da Ibiapaba, termos de Granja,
Viçosa e Sobral, no Ceará. A bezerrada e as potras eram remanejadas para a
fundação de novas fazendas. Por essa razão, comprou a Manoel da Costa Araújo[8]
a fazenda denominada Mocambo, com duas léguas de comprimento e outro tanto de
largura. De parceria com Domingos Pires Ferreira[9], comerciante português
estabelecido no Recife, comprou mais duas fazendas, ambas situadas no vale do
Longá, a saber: Santo Antônio[10], com três léguas de comprimento e de largura
três quartos em partes, e em outras menos; e Almas[11], com duas léguas de
comprimento e de largura em umas partes um quarto, e em outras menos. Por fim,
em 6 de setembro de 1763, no governo de João Pereira Caldas adquiriu por
sesmaria uma fazenda medindo três léguas de comprimento e uma de largura, no
lugar Camoropi de Cima, contígua à sua fazenda N. Sra. do Rosário; e Santo
Higino, com igual área, adquirida por sesmaria em 5 de fevereiro de 1771[12].
Conforme se vê, Diogo Álvares Ferreira expandiu seus currais constituindo-se em
um dos mais abastados fazendeiros do norte do Piauí, onde passou a exercer
liderança política, social e econômica.
Com a criação da vila de São João
da Parnaíba, instalada em 26 de agosto de 1762, nesta data também tomou posse
no cargo inaugural de vereador do senado da câmara, o fazendeiro Diogo Álvares
Ferreira, que fora eleito pelos munícipes. Foram também integrantes daquele
colegiado, com funções legislativas, executivas e judiciárias em alguns
aspectos, José da Costa Oliveira, Domingos Alves Barros, Manuel Sousa Guimarães
e João Lopes Castelo Branco. Desde então e por largos anos, ficou aquele
distrito do extremo norte do Piauí, tendo por sede administrativa a litorânea
vila de São João da Parnaíba, permanecendo a sede paroquial na povoação da
Piracuruca, distando pouco mais de vinte léguas uma da outra. Para bem
desincumbir-se suas funções, Diogo Álvares Ferreira construiu outra casa
residencial na nova vila, desde então alternando seu domicílio entre esta e a
fazenda.
No mesmo dia em que foi instalado
o senado da câmara, Diogo Álvares foi indicado por seus pares para o cargo de
capitão-mor das ordenanças da nova vila e seu termo, sendo nomeado no dia
seguinte pelo governador João Pereira Caldas. Passando a exercitar essa patente
de forma imediata teve a confirmação por El Rei em 12 de julho de 1763[13].
Mais tarde, alcançou a patente de mestre-de-campo do terço de cavalaria
auxiliar da capitania, que a exercitou até o fim de sua existência.
Conforme se disse, sendo
fervoroso devoto mariano, destacou um quarto de sua casa para oratório sob a
invocação de Nossa Senhora do Rosário. Era comum entre as famílias católicas
conservarem um oratório em casa, onde mantinham as imagens dos santos de sua
devoção e faziam suas orações. Nos dicionários de língua portuguesa, oratório
não significa capela e sim “compartimento de uma casa consagrado à oração”;
“armário, nicho ou pequeno altar onde são dispostas, para veneração, imagens de
santos; adoratório”. Por essa razão, nos livros de registros eclesiásticos da
matriz de Nossa Senhora do Carmo da Piracuruca, existem alguns registros de
atos católicos praticados em desobrigas “no oratório do sítio das Frecheiras”,
nunca usando o termo capela. “Aos trinta dias do mês de novembro de mil
setecentos e setenta e cinco annos no Oratório do Sitio das Frecheiras” o padre
coadjutor Luiz José de Carvalho, celebrou o casamento de Jose da Silva de
Meneses com Micaela Maria Machado, sobrinha dos senhores da fazenda[14]. Dez
anos depois, “Aos dezassete dias do mês de novembro de mil setecentos e oitenta
e cinco annos em o oratório do Sitio das Frexeiras”, foi a vez de casar-se José
Alves Ferreira, filho dos proprietários com a prima Domingas Maria de
Veras”[15].
No entanto, desde muitos anos os
senhores da fazenda alimentavam o sonho de construírem uma capela sob a
invocação de N. Sra. do Rosário, “para aí assistir os ofícios divinos e a
celebração do santo sacrifício da missa e os mais fiéis de Deus que se acham
espalhados na extensão da dita freguesia”. Foi esta explicação que deu o
mestre-de-campo Diogo Álvares Ferreira, para requerer ao Bispo em princípio do
ano de 1781, a construção da capela “em uma de suas fazendas denominada N. Sra.
do Rosário do Pacoty da freguesia de N. Sra. do Carmo da Vila de S. João da
Parnaíba”, “pelo cordial afeto com que venera o soberano título do Rosário”. A
petição foi despachada em 30 de abril de 1781 e autuada no dia seguinte, na
sede do Bispado, em São Luís do Maranhão. Para manutenção da capela mandou
ferrar “vinte vacas situadas no corpo de nossa fazenda chamada Nossa Senhora do
Rosário do Pacotis”, que poderia render pouco mais de seis mil réis anualmente.
Essa doação foi feita em 8 de junho, por escritura pública assinada pelo casal
doador, para manutenção de “uma capela de invocação da mesma senhora, que
pretendemos à nossa custa erigir na mesma fazenda, as quais vinte vacas se
acham já marcadas”. Por ordem do governador do Bispado, em 10 de outubro de
1781, compareceram à fazenda de Nossa Senhora do Rosário do Pacoty, o vigário
da vara João Raimundo de Moraes Rego[16] e o escrivão por comissão Manoel Pires
Ferreira, para fazerem a vistoria, em cujo termo anotaram: “Foi mostrado ao
mesmo Reverendo vigário pelo Mestre de Campo Diogo Álvares Ferreira o lugar em
que este pretende erigir uma capela, dedicada à Virgem Nossa Senhora com o
título do Rosário, o qual lugar sendo pelo sobredito Reverendo Ministro, visto,
e examinado o achou ser decente, honesto, livre de umidades, e finalmente capaz
de nele se erigir o dito templo, e é na entrada do dito sítio, onde assiste o
referido Mestre de Campo, distante da casa da sua moradia cincoenta braças
pouco mais ou menos”. “E deve ser a capela de pedra e cal como determina a
Constituição do Bispado ou como permitir o País”. No dia seguinte, dois
avaliadores, José Gonçalves da Cruz e José Pereira Montaldo, pela experiência
que tinham como criadores de gado, por indicação do Reverendo e sob juramento,
avaliaram que, de fato, as referidas vinte vacas poderiam render anualmente
mais de seis mil réis para manutenção da capela. Por fim, no mesmo dia juntaram
aos “autos o traslado da escritura do patrimônio, que fizeram o Mestre de Campo
Diogo Álvares Ferreira e sua mulher Francisca Thomasia de Veras à capela, que o
dito pretende erigir”. Foi dada a licença para ereção da capela em 3 de
novembro de 1781 e publicada no dia seguinte[17].
Portanto, foi o casal
mestre-de-campo Diogo Álvares Ferreira e Francisca Thomasia Ferreira de Veras,
quem construiu a capela sob a invocação de Nossa Senhora do Rosário, na fazenda
de mesmo nome, também conhecida por Frecheiras da Lama. Essa construção teve
seu início e, provavelmente, conclusão no verão de 1782, vez que a licença
somente saiu no inverno de 1781. Esse é um fato, cujos documentos ora revelados
dirimem dúvidas e refutam contestações. No entanto, porque esses documentos
somente foram revelados recentemente, tem causado certa celeuma a data de
construção daquele tempo religioso. Essa confusão aumentou porque existem
quatro algarismos em seu frontispício, que devem significar alguma coisa, menos
a data de construção do tempo. Para alguns historiadores e curiosos o templo
datava dos anos de 1616 ou 1619, conforme faziam a leitura dos algarismos.
Porém, essa tese nunca se sustentou à luz da documentação existente e dos fatos
históricos. Era preciso ali ser prolongamento das aldeias de Ibiapaba, o que
não se verifica, por inexistir registro na crônica dos jesuítas. Mais
recentemente, o historiador Vicente Miranda fez uma análise criteriosa e
exaustiva sobre o tema, precisando a data de fundação da capela em 1766. É um
bom trabalho de pesquisa apresentado para conclusão do curso de História do Brasil,
na UFPI, com suporte documental. Suas conclusões são lógicas, à luz da
documentação até então revelada. Contudo, a descoberta desses autos de ereção
da capela[18], põem por terra todas as dúvidas existentes e firmam em
definitivo a data e nome de seus fundadores.
Outro aspecto que tem de ser
analisado, é que os dois registros de casamento mencionados, que foram
realizados “no oratório do sítio das Frecheiras”, dizem que este pertencia ao
finado mestre-de-campo Diogo Álvares Ferreira. Como não vi o original penso que
pode haver dúvida na transcrição do texto. No casamento do filho, realizado em
1785, quando indica a filiação não diz que os pais eram falecidos. E, de fato,
estavam vivos em 1781, quando requereram licença para construção da bela capela
em sua fazenda Frecheiras da Lama.
Em face das demarcações e
anulações de datas do período anterior, novamente em 8 de janeiro de 1820, dona
Francisca Tomasia de Veras, por carta de data de sesmaria, vai receber a
confirmação da fazenda Pacuty, na margem do rio Pirangi, entre as fazendas
Capivaras do capitão José Álvares Ferreira, Espírito Santo do capitão Miguel
Teixeira Monteiro, Santa Ana e Gado Bravo[19].
O casal deixou ao menos quatro
filhos que espalharam a descendência pelo norte do Piauí, a saber: 1. João
Alves Ferreira de Veras, capitão da Barra da vila de São João da Parnaíba; 2.
José Alves Ferreira de Veras, alferes do regimento de cavalaria auxiliar,
senhor da fazenda Capivaras, foi casado em 17 de novembro de 1785, nas
Frecheiras, com a prima Domingas Maria de Veras; 3. Antônio Alves Ferreira de
Veras; e 4. Domingos Alves Ferreira de Veras, todos abastados fazendeiros,
militares e políticos em Parnaíba[20].
Portanto, o mestre-de-campo Diogo
Álvares Ferreira deixa seu nome gravado na história do Piauí como bem sucedido
fundador de fazendas e criador de gado. Também, como militar e político que
soube cumprir suas obrigações e prestar relevantes serviços à pátria. Mas,
sobretudo ele e a dedicada e crente esposa Francisca Tomasia Ferreira de Veras
deixam seu nome gravado em nossa história como fundadores da bela e polêmica
capela de Nossa Senhora do Rosário de Frecheiras da Lama. É hora, pois, de
fazer-lhes justiça reconhecendo-lhes o mérito como benfeitores de nossa fé
católica e construtores de um dos monumentos mais significativos de nossa
história. E se não bastasse ainda deixaram uma descendência que tem pontuado
com destaque em nossa história. A eles o nosso reconhecimento e respeito.
[1] REGINALDO MIRANDA, advogado e
escritor, membro da Academia Piauiense de Letras e do Instituto Histórico e
Geográfico do Piauí. E-mail; reginaldomirandaadv@gmail.com
[2] Os Ferreira de Veras são
naturais da cidade do Porto, muitos deles bacharéis e sacerdotes. Em 5.5.1714,
bacharelou-se na Universidade de Coimbra o Dr. Paschoal Ferreira de Veras,
natural da cidade do Porto, desembargador da Relação do Porto, filho de
Domingos Ferreira de Veras. O padre José Ferreira de Veras, seu irmão,
formou-se em 30.5.1724. Em 10.6.1748, bacharelou-se em Cânones o Dr. Manuel
Ferreira de Veras, Familiar do Santo Ofício, advogado da Relação do Porto,
natural de Viseu, filho de Joaquim Ferreira de Veras. O padre Joaquim Ferreira de Veras, natural de
Lisboa, filho de José Dias Ferreira de Veras, formou-se em 15.6.1750.
[3] PT/TT/RGM/C/0011. Registo
Geral de Mercês, Mercês de D. João V, liv. 11.
[4] ARAÚJO, Pe. Francisco Sadoc
de. Cronologia Cearense. Volume I – 1604 – 1800. Fortaleza: Gráfica Editorial
Cearense Ltda, 1974, p. 173. In: MIRANDA, Vicente. História e Fé na Conquista
do Sertão do Norte: a capela das Frecheiras. Teresina: UFPI, 2006.
[5] De conformidade com o
testamento de D. Maria dos Reis de Veras, lavrado em 19.6.1806, foram esses os
seus filhos: 1. Joaquim Alves de Veras, falecido antes dela; 2. José Alves de
Veras, falecido em 1795, com menos de 25 anos de idade, foi vaqueiro na fazenda
Curral Novo entre os anos de 1779-1786; 3. João Ferreira, falecido antes dela,
também foi vaqueiro na mesma fazenda entre os anos de 1788-1792; 4. Francisca
Maria de Veras, casada em primeiras núpcias com André da Rocha, prematuramente
falecido; e em segundas núpcias com João Antônio; 5. Victória Maria de Veras,
casada em primeiras núpcias com Manuel, ambos falecidos; e em segundas núpcias
com José da Silva Menezes (primeiras núpcias deste, 2ª vez, nas Frecheiras,
casou-se com Micaela Maria Machado, filha de Domingos Machado Portella e
Catarina Ribeiro de Negrão); 6. Ana de São Boa Ventura de Veras, casada com
Domingos Alves Barroso, falecido; pais de Domingas Maria de Veras, casada em
17.11.1785, na capela das Frecheiras, com o primo José Alves Ferreira, filho do
mestre-de-campo Diogo Alves Ferreira e de sua esposa Francisca Thomasia de
Veras; 7. Maria de Veras, casada com José Machado Portella; pais de Libório; 8.
Thomasia Maria de Veras, casada com Lourenço Francisco da Rocha; pais de João, Maria,
Domingos, Rogério e Ana; e 9. Feliciana Maria de Veras, casada com Domingos
Anselmo de Sousa Castro, falecido; pais de Bento, Ana, Inocência e Luísa
(Arquivo Público do Ceará. Livro de Notas do Tabelião da Villa de Fortaleza –
Registro de Testamentos – 1797 a 1868, fl. 35 a 43v. In: MIRANDA, Vicente.
História e Fé na Conquista do Sertão do Norte: a capela das Frecheiras.
Teresina: UFPI, 2006.
[6] ARAÚJO, Francisco Sadoc.
Raízes Portuguesas do Vale do Acaraú. Sobral: Gráfica Editorial Cearense Ltda.,
1991, p.188. In: MIRANDA, Vicente. História e Fé na Conquista do Sertão do
Norte: a capela das Frecheiras. Teresina: UFPI, 2006.
[7] AHU. ACL. CU 009. Cx. 29.
Doc. 2984.
[8] Esse vendedor havia adquirido
essa fazenda por compra a Alexandre Delgado, a quem tinha pertencido por morte
de seu pai Manoel Delgado, que dela tivera data não confirmada.
[9] É patriarca da família Pires
Ferreira.
[10] Foi comprada a Francisco do
Rego, que a tinha comprado a João Ribeiro Falcão, e este a Manoel Peres
Ribeiro, que a povoou.
[11] Foi comprada a Francisco do
Rego, que a tinha comprado a Manoel Peres Ribeiro, e este a Dâmaso Pinheiro,
que a povoou.
[12] AHU. ACL. CU 016. Cx 13.
Doc. 778.
[13] PT/TT/RGM/D/0017/59764.
Registo Geral de Mercês de D. José I, liv. 17, f. 478
[14] FREGUESIA DE N S DO CARMO.
Piracuruca: Livro de Casamentos, 1775, fl. 63. In: MIRANDA, Vicente. História e
Fé na Conquista do Sertão do Norte: a capela das Frecheiras. Teresina: UFPI,
2006.
[15] [15] FREGUESIA DE N S DO
CARMO. Piracuruca: Livro de Casamentos, 1785, fl. 61v. In: MIRANDA, Vicente.
História e Fé na Conquista do Sertão do Norte: a capela das Frecheiras.
Teresina: UFPI, 2006.
[16] A família Moraes Rego iniciou
no Maranhão, depois passando para o termo da vila da Mocha, onde entrelaçou-se
com outras distintas famílias da capitania de S. José do Piauí.
[17] Arquivo Público do Estado do
Maranhão. Autos de criação da capela de N. Sra. do Rosário na Parnaíba, pelo
Mestre de Campo Diogo Álvares Ferreira. Câmara Eclesiástica. São Luiz do
Maranhão, 1781.
[18] Esses autos manuscritos que
se encontram digitalizados no Arquivo Público do Maranhão, me foram enviados,
na íntegra, pelo historiador João Bosco Gaspar, residente em Tianguá, no Ceará.
[19] MIRANDA, Vicente. História e
Fé na Conquista do Sertão do Norte: a capela das Frecheiras. Teresina: UFPI,
2006.
[20] PT/TT/RGM/E/001/0028/109244.
Registo Geral de Mercês, Mercês de D. Maria I, liv. 28, f. 195v. PT/TT/RGM/E/001/0028/127149.
Registo Geral de Mercês, Mercês de D. Maria I, liv. 28, f. 195v.