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PARABÉNS PARNAÍBA!
Carlos Henriques de Araújo - Membro da UBE- PI
Cronista, articulista e poeta
O belo é invisível aos olhos dos insatisfeitos; Nada
conseguiremos se não colocarmos um pouco de amor naquilo que fizermos; Nossa
satisfação é proporcional ao nosso sucesso; O orgulho de um povo é a chama que
move sua auto-estima.
Estas quatro assertivas nos remetem a uma reflexão, e aí
concluímos: Em se tratando da coisa pública, da política e da democracia, elas
não são totalmente verdadeiras, porque têm, em sua essência, os desígnios da
individualidade, pois em cada cabeça, uma sentença.
Como parnaibano, mesmo morando distante, sempre acompanhei seus
“passos” e “contrapassos” e torci pelo seu sucesso, embora debalde, mas
ultimamente, Parnaíba, apesar da crise nacional que o país vem sofrendo há
décadas, tem conseguido, nestes últimos anos, um crescimento visível.
Parafraseando Guimarães Rosa, no seu belo conto “A hora e vez de Augusto Matraga.” Esta é a e a vez da nossa “querida parnaibinha” romper os grilhões do atraso
econômico e da submissão administrativa.
Parnaíba está passando por uma metamorfose econômica, social e
cultural, conseqüência do ciclo de desenvolvimento econômico privado e práticas
administrativas dos últimos governos municipais.
Sempre
quando vou a Parnaíba e passo pela Praça da Graça, meu coração bate mais rápido
por conta daquele cartão postal, postado em meu peito, que me faz viajar no
tempo. Quanta saudade sinto da pérgula da praça, da missa na Matriz, dos filmes
no cine Éden, das tertúlias na AABB, do bar Fortaleza e das festas no Cassino
24 de Janeiro.
No
Porto Salgado, à beira do rio Igaraçú, entre galpões, quitandas, casebres e
cabarés, lavadeiras lavam roupa cantando em coro, enquanto as raparigas com roupa
e cara de ontem fumam cigarro de palha.
A
economia da época girava em torno das empresas Casa Inglesa, Marc Jacob,
Moraes, Celso Nunes, Pedro Machado e outras menores como Casa Cristino, Lojas
Rosemary, a Pernambucana, Moraes Sousa, etc.
Meio
século depois, Parnaíba é outra cidade. Muita coisa mudou, mas ainda continua abraçada
pelo rio que corre para o Cantagalo em busca do mar. Do alto da ponte um visual
saudoso a vista desponta: os casarios centenários e os galpões esquecidos junto
às chaminés da Rosápolis e das ruínas das Indústrias Moraes.
A
Beira Rio é o lugar mais agradável de Parnaíba. A vista é intrigante, o clima é
gostoso para rever os amigos, tomar uma gelada e comer um caranguejo. Mas
Parnaíba não é só a Beira Rio e o Porto das Barcas, agora tem Shopping, muitos
bares e restaurantes nas Av. São Sebastião, Pinheiro Machado e em vários
bairros.
E
ainda tem as lagoas do Portinho e do Bebedouro, a praia da Pedra do Sal e o Delta.
A banca do Louro e o bar do Gago onde aposentados, desocupados, e outros “ados”
contam “causos” de figuras homéricas que já partiram.
Na
cultura e na educação Parnaíba conta com várias universidades, colégios,
cursinhos, centros culturais, cursos de música, exposição de obras de arte,
museu, lançamento de livros e apresentações em teatro, com a participação de
artistas plásticos, pesquisadores, escritores e músicos, veteranos e novos,
locais e de fora.
Ao
completar 175 anos, Parnaíba está em festa, com a inauguração do primeiro
Colégio Militar. E de várias outras obras de porte, como os prédios do SESC e
SENAC, além de loteamentos imobiliários, supermercados, condomínios
residenciais e lojas comerciais.
Parabéns
Parnaíba, que esses novos tempos possam trazer mais esperança, trabalho e
alegria para todos os parnaibanos.
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