O IMAGINÁRIO QUADRO NEGRO
Elmar Carvalho
O grande lente João Renôr, que se diz descendente dos bravos Timbiras, e com efeito o é, ao pronunciar uma bela conferência na APL, que ele modestamente chamou de aula, disse que iria imitar Dom Hélder Câmara, que tinha mãos eloquentes. E assim procedeu. Como um verdadeiro mestre-escola de antigamente, ilustrava o que dizia, desenhando mapas, rios, serras, florestas e cidades, porém em pleno ar, em verdadeira mímica de prestidigitação. Cochichei para o professor Paulo Nunes, sentado ao meu lado:
– O João Renôr está fazendo uso de invisível e imaginário quadro negro, com a vantagem adicional de não precisar ter o trabalho de apagar depois o que desenhou.
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