sábado, 27 de outubro de 2012

AMIGO BOÊMIO



AMIGO BOÊMIO

Vilmar – o poeta

Amigo, chora triste acabrunhado
Pranteias a mulher que te enganou
Não deixe que teu pranto consternado
Te lance onde a maldade lançou
Chora feliz quando ao seu lado
Passava onde agora ela passou
Com outro bobalhão de braços dados
Sem olhar pro boêmio que a amou
Amigo não chores tanto assim
Entra comigo nesse botequim,
paraíso da dor e da desgraça
Esquece as carícias que fizeste
Vomite os falsos beijos que lhes deste
Fume um cigarro e bebe uma cachaça

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