“Um aventureiro”, assim se auto
define Carlos Henriques de Araújo, nascido na cidade de Parnaíba, estado do
Piauí. Foi criado em uma casa plantada em um terreno de 50.000 m², cortado por
um igarapé e reunificado por uma ponte de madeira.
Foi nesse pequeno universo, onde
os dias passavam entre “pescar, pegar passarinhos, nadar e andar a cavalo” que
começaram as aventuras pelo reino da imaginação. Certamente, ampliadas ao
assistir os espetáculos dos circos que visitavam de quando em quando a cidade.
Na adolescência começou a viajar
pelas ondas do rádio, o maior veículo de comunicação da época. Sintonizava a
Voz da América e a BBC de Londres para saber coisas do mundo afora.
Nas emissoras nacionais ouvia
Jackson do Pandeiro, Nelson Gonçalves, Moreira da Silva, Trio Irakitan e
Waldick Soriano. A medida em que crescia
montou seu próprio elenco de artistas prediletos: Cely Campello, Ronnie Cord,
Carlos Gonzaga, The Platters e Frank Sinatra. Depois vieram a Bossa Nova, os Beatles,
a Jovem Guarda e “muito rock, blues e, hoje, jazz”.
Para cursar o ensino médio da
época foi morar em Fortaleza, o que marcou uma nova fase em sua vida. Novos
desafios surgem nessa etapa: “independência financeira, o primeiro emprego,
planejamento do futuro, a insegurança, o medo do novo e a responsabilidade
pelos próprios atos”.
Araújo fez concurso para a Escola
de Especialista da Aeronáutica e mudou-se para o interior de São Paulo, depois
de formado foi trabalhar em Brasília. Cursou administração e entrou para a
Fundação Rondon.
O seu espírito empreendedor e
aventureiro fez com que continuasse a busca por se desenvolver, prestou
concurso para ingressar na Telepará, foi transferido para a Teleamapá e depois,
voltando à sua terra, trabalhou na Telepisa até aposentar-se em 1996.
Viajou por diversas terras para
satisfazer “a necessidade de liberdade, a vontade de descobrir novos caminhos e
acompanhar o que estava acontecendo no Brasil e no mundo”.
Percorreu também os caminhos
interiores por meio da literatura: “o gosto pela leitura começou desde pequeno,
primeiro com as revistas em quadrinhos. Os gibis foram seguidos pelos livros de
bolso das Edições de Ouro, principalmente os de faroeste. Só mais tarde vieram
as coleções de Monteiro Lobato. O leque se ampliou após os dezoito anos, quando
passei aos clássicos mais conhecidos da literatura brasileira como Machado de
Assis, José de Alencar, Jorge Amado, Guimarães Rosa e Carlos Drummond de
Andrade, entre outros. Os primeiros
autores de outros países foram Charles Bukowski, Jack Kerouac, Herbert Marcuse,
Hermann Hesse e os clássicos da literatura mundial.”
O hábito e o prazer de escrever
surgiram em consequência da distância geográfica entre o aventureiro e as
pessoas que deixou em sua terra natal: “em 1967, para telefonar, além de caro,
a gente perdia muito tempo, passava-se horas num posto telefônico esperando
completar uma ligação interurbana. Além do mais, na minha casa não tinha
telefone. Então, a única maneira para me comunicar com meus pais, com meus
amigos e com minha namorada era através de cartas.”
Como fruto de sua dedicação à
arte de escrever já produziu cinco livros e tornou-se colaborador de jornais
impressos e portais da Internet.
Ao mesmo tempo em que desenvolveu
sua trajetória profissional e literária, cultivou uma linda família: “sou
casado há 34 anos com Claudia Moita Araújo (dentista) e tenho três filhos
André, Ana Carolina (ambos advogados e casados) e Bruna (administradora), com
32, 30 e 28 anos respetivamente. Todos concursados no MPU, moram em Brasília.”
Depois de passar por oito estados
e morado em mais de dez cidades foi em Teresina que encontrou “sua cara
metade”, por essa razão é um admirador da cidade que considera a sua Meca.
Ao longo da caminhada desenvolveu
outra admiração, é um apreciador do trabalho da Sistel: “com a minha entrada na
Telepará conheci a Sistel, que até hoje complementa meu salário. Ela foi e
continua sendo meu primeiro e único plano de saúde. Criei meus filhos com a
excelente cobertura da Sistel.”
Carlos Araújo não para,
atualmente administra uma empresa do ramo da construção civil e prossegue sua
aventura pelo universo das letras, já publicou os livros “Sem lenço, sem
documento”, “Caleidoscópio”, “Versos 100 Rima”, “Sinal Fechado” e “Fragmentos”.
A respeito de si mesmo afirma:
“Sou uma pessoa feliz, muito
feliz! Tenho tudo que amo e amo tudo que tenho. Minha espiritualidade tem sido
a tábua de salvação: fé, trabalho, perseverança e harmonia entre o ser e o ter,
o material e o espiritual. Medito todos os dias, faço yoga, caminhada e
musculação na academia de segunda a sexta.”
Fonte: Perfil Sistel
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