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E SE?
Antônio Francisco Sousa
Auditor Fiscal (afcsousa01@hotmail.com)
E se fossem informações verdadeiras as vazadas pela
mídia dando conta de que remunerações de auditores-fiscais da secretaria de
fazenda do estado brasileiro que vive numa constante e indigesta disputa para
sair da última ou penúltima posição de ente mais pobre da federação,
funcionários públicos, aqueles, cujo salário nominal inicial – segundo editais
de concurso público para ingresso no cargo, não chega a quinze mil reais -,
beiram os sessenta mil reais, possivelmente, dentre as maiores do país, incluídas
as da suprema magistratura da nação e de outras carreira de escol?
E se fossem verdadeiras as informações dando conta de
que decreto enviado pelo governo estadual ao parlamento e por aquele sancionado,
posteriormente – tudo indica que, na íntegra – anunciava que o bilhão e meio de
reais passível de ser contratado na forma de empréstimos – e o foi,
devidamente, segundo publicado, e, se soube mais, que poderia ser apenas parte
do que o estado gostaria de contrair -, teria como objetivo a quitação de precatórios,
dos quais o principal, montando em mais de setecentos milhões de reais, seria direcionado
a fazendários do estado do Piauí -
conforme asseverou ex-deputado estadual, que, na ocasião, anunciou que, com a
ajuda da população, tentaria, primeiramente, anular a operação financeira já
concretizada, em seguida, impedir que outros, com finalidades duvidosas, fossem
contratados?
E se estivesse certo aquele deputado federal, que
acha, crê, afirma, assevera, conclui e sentencia que o que fizeram, principalmente,
com o ídolo maior de sua legenda partidária, o ex-presidente preso em Curitiba,
mormentemente, no que se refere à sua condenação e prisão, foi a mais flagrante
e açodada injustiça da Justiça brasileira, será que não estaria equivocado quando diz – como, publicamente,
disse – que as invasões por hackers, de telefones, sites e redes sociais, das
quais decorreram vazamentos de conversas
e diálogos, dentre outros, do ex-juiz, hoje ministro da justiça, com
companheiros de força-tarefa que cuidavam da Operação Lava Jato, não passaram
de balela, criação, ficção, desculpa esfarrapada, justificativa pífia, para
tentarem se safar ou escamotear as maracutaias que aprontaram contra o mesmo ex-presidente
da república?
E se não fosse apenas lorota, blefe, conversa fiada, afirmação
do mesmo parlamentar federal dando conta de que, nas próximas eleições
nacionais para escolha do diretório nacional de seu partido – não a local -, quem
dará a palavra final, decidirá, baterá o martelo, só serão os delegados, se dito
ex-presidente, aos nomes que já se lançaram na disputa pelo comando, não
preferir qualquer outro, ainda que fora de qualquer prévia lista?
Sendo verdadeira a informação referente ao montante
dos vencimentos totais dos auditores-fiscais da fazenda piauiense, partindo do
pressuposto de que eles são servidores públicos de um dos estados mais pobres
do país, seria, no mínimo, uma incoerência que, mesmo merecendo, percebessem
remuneração mensal tão acintosa e surreal.
Ou não seria, igualmente, um acinte, em sendo correta
a informação quanto à justificativa para tomada de empréstimos tão absurdos –
situação que poderá piorar, caso àquele valor se some (m) outro (s) parecido
(s) –, de que, quase a metade do montante já contraído, se destinaria ao
pagamento de precatórios? Que é isso? Colocar nas costas de todos os
cidadãos-contribuintes piauienses dívidas monstruosas relativas a reparação de
injustiças cometidas contra grupos específicos, nichos particularizados de
trabalhadores, parece uma aberração, um desrespeito, talvez, mesmo, um abuso, a
despeito do que ousou dizer apadrinhado político do governante de plantão, ao
afirmar que o estado tinha mesmo era que contrair tantos empréstimos quanto lhe
permitisse sua situação econômico-financeira atual de bom pagador? Ah! É? Ideal
e bem mais honesto não seria se o estado somente fizesse dívidas que
redundassem em benefícios destinados ao conjunto da população?
Que dizer quanto aos posicionamentos do deputado
federal, quando se refere a gente de sua estima e apreço: de que não passaram
de injustiças as condenações e prisões de companheiros e mentores? E que não
teria havido crime algum, apenas blefe, desculpa dos bandidos que condenaram o
mais inocente, pio, bom e justo dos brasileiros, quando passa a discorrer sobre
situações que poderiam, sim, caro parlamentar, incriminar gatunos cibernéticos
que expuseram informações particulares de desafetos do cidadão e de seus
companheiros, obtidas, até prova em contrário, criminosamente?
Por que ou para que, então, senhor deputado, expor
nomes de filiados ao partido, dispostos a se candidatar ou já pleiteantes ao
cargo de comandante do diretório nacional da agremiação, se, independentemente
ou, a despeito da vontade da maioria dos votantes e das expectativas dos
concorrentes, a palavra final será do eterno chefe-mor da legenda?
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