segunda-feira, 8 de junho de 2020

FADADOS A PERDOAR E AMAR

Fonte: Google


FADADOS A PERDOAR E AMAR

Everardo de Oliveira (*)

A sociedade brasileira está realmente a cada dia mais intolerante e angustiada, e com essa pandemia e isolamento social, por conta da covid-19, esses sentimentos se afloraram ainda mais. A prova disso é a violência contra a mulher que aumentou nesse período.

No mês de fevereiro, logo após o Carnaval, antes da pandemia, quando assisti a uma palestra de um psicólogo de minha religião, este afirmara que o automóvel é um dos principais meios de agressão social, fiquei deveras admirado, que como um cidadão normal, pai de família, pagador de impostos, frequentador de missas dominicais e cultos religiosos, ou seja, acima de qualquer suspeita, quando estão ao volante de um veículo se transformam em “feras urbanas”? Portanto, bastasse que um outro motorista desavisado faça alguma peripécia veicular em sua frente ou ao seu lado, que ele buzina, pisca os faróis, xinga (falando sozinho), esbraveja colocando a mão para fora do carro com gestos obscenos e até provoca o outro usuário para vias de fatos.

O palestrante explicara que quando a pessoa está dirigindo um veículo sente-se empoderado em conduzir uma máquina e ter uma certa superioridade em relação aos outros usuários da via, principalmente os pedestres. Particularmente, não concordei muito com a tese dele, pois na minha vã consciência e com vinte e poucos anos de volante, não vou sair por aí ofendendo e provocando pessoas para brigarem comigo.

Há um mês atrás, li uma manchete pela internet no Jornal Estado de Minas, no caderno cultura: “Michel Houellebecq diz que pandemia deixará o mundo pior. Para escritor francês, 'nunca antes havíamos expressado com uma indecência tão serena o fato de que as vidas de todos os indivíduos não têm o mesmo valor'. O escritor francês Michel Houellebecq não acredita em absoluto que o mundo pós-coronavírus será diferente, pelo contrário, ele afirma que será o mesmo, "mas um pouco pior". Autor de obras como Plataforma, Submissão, A possibilidade de uma ilha, O mapa e o território e Serotonina,  Houellebecq é o escritor francês contemporâneo mais lido no exterior”. https://www.em.com.br/app/noticia/cultura/2020/05/05/interna_cultura,1144369/michel-houellebecq-diz-que-pandemia-deixara-o-mundo-pior.shtml. Acesso em 08.06.2020.

Talvez, o escritor, por ter esse entendimento cético-realístico do mundo, tenha dado tal opinião, porém, opto pela filosofia cristã de esperança e amor, na qual em um dos ensinamentos de Jesus Cristo isso fica muito cristalino no Evangelho de Marcos, Capítulo 12, versículos 28 a 31 (Bíblia de Jerusalém, edição 2019): um dos escribas que ouvira a discussão, reconhecendo que respondera muito bem, perguntou-lhe: “Qual é o primeiro de todos os mandamentos? ” Jesus respondeu: “O primeiro é: Ouve, ó Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor, amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento, e com toda a tua força. O segundo é este: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não existe outro mandamento maior do que este”...

Portanto, essa é nossa predestinação, que segundo Jesus Cristo, estamos fadados a perdoar e amar, conforme outro ensinamento dele: no perdão das ofensas escrito pelo Evangelista Mateus, Capítulo 18, versículos 21 e 22 (Bíblia de Jerusalém, edição 2019): “Então Pedro chegando-se a ele, perguntou-lhe: “Senhor quantas vezes devo perdoar meu irmão que pecar contra mim? Até sete vezes? “ Jesus respondeu-lhe: “Não te digo até sete, mas até setenta e sete vezes”, ou seja, infinitas vezes...

(*) Everardo de Oliveira nasceu em Parnaíba-PI. Cel. PMPI da Reserva Remunerada. 

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