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FADADOS A PERDOAR E AMAR
Everardo de Oliveira (*)
A sociedade brasileira está
realmente a cada dia mais intolerante e angustiada, e com essa pandemia e
isolamento social, por conta da covid-19, esses sentimentos se afloraram ainda
mais. A prova disso é a violência contra a mulher que aumentou nesse período.
No mês de fevereiro, logo após o
Carnaval, antes da pandemia, quando assisti a uma palestra de um psicólogo de
minha religião, este afirmara que o automóvel é um dos principais meios de
agressão social, fiquei deveras admirado, que como um cidadão normal, pai de
família, pagador de impostos, frequentador de missas dominicais e cultos
religiosos, ou seja, acima de qualquer suspeita, quando estão ao volante de um
veículo se transformam em “feras urbanas”? Portanto, bastasse que um outro
motorista desavisado faça alguma peripécia veicular em sua frente ou ao seu
lado, que ele buzina, pisca os faróis, xinga (falando sozinho), esbraveja
colocando a mão para fora do carro com gestos obscenos e até provoca o outro
usuário para vias de fatos.
O palestrante explicara que
quando a pessoa está dirigindo um veículo sente-se empoderado em conduzir uma
máquina e ter uma certa superioridade em relação aos outros usuários da via,
principalmente os pedestres. Particularmente, não concordei muito com a tese
dele, pois na minha vã consciência e com vinte e poucos anos de volante, não
vou sair por aí ofendendo e provocando pessoas para brigarem comigo.
Há um mês atrás, li uma manchete
pela internet no Jornal Estado de Minas, no caderno cultura: “Michel
Houellebecq diz que pandemia deixará o mundo pior. Para escritor francês, 'nunca
antes havíamos expressado com uma indecência tão serena o fato de que as vidas
de todos os indivíduos não têm o mesmo valor'. O escritor francês Michel
Houellebecq não acredita em absoluto que o mundo pós-coronavírus será
diferente, pelo contrário, ele afirma que será o mesmo, "mas um pouco
pior". Autor de obras como Plataforma, Submissão, A possibilidade de uma
ilha, O mapa e o território e Serotonina,
Houellebecq é o escritor francês contemporâneo mais lido no exterior”. https://www.em.com.br/app/noticia/cultura/2020/05/05/interna_cultura,1144369/michel-houellebecq-diz-que-pandemia-deixara-o-mundo-pior.shtml.
Acesso em 08.06.2020.
Talvez, o escritor, por ter esse
entendimento cético-realístico do mundo, tenha dado tal opinião, porém, opto
pela filosofia cristã de esperança e amor, na qual em um dos ensinamentos de
Jesus Cristo isso fica muito cristalino no Evangelho de Marcos, Capítulo 12,
versículos 28 a 31 (Bíblia de Jerusalém, edição 2019): um dos escribas que
ouvira a discussão, reconhecendo que respondera muito bem, perguntou-lhe: “Qual
é o primeiro de todos os mandamentos? ” Jesus respondeu: “O primeiro é: Ouve, ó
Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor, amarás o Senhor teu Deus de todo
o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento, e com toda a tua
força. O segundo é este: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não existe outro
mandamento maior do que este”...
Portanto, essa é nossa
predestinação, que segundo Jesus Cristo, estamos fadados a perdoar e amar,
conforme outro ensinamento dele: no perdão das ofensas escrito pelo Evangelista
Mateus, Capítulo 18, versículos 21 e 22 (Bíblia de Jerusalém, edição 2019):
“Então Pedro chegando-se a ele, perguntou-lhe: “Senhor quantas vezes devo
perdoar meu irmão que pecar contra mim? Até sete vezes? “ Jesus respondeu-lhe:
“Não te digo até sete, mas até setenta e sete vezes”, ou seja, infinitas
vezes...
(*) Everardo de Oliveira nasceu em Parnaíba-PI. Cel. PMPI da Reserva Remunerada.
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