RESTAURAÇÃO DO TÚMULO DA POETISA
LUIZA AMÉLIA
Antonio Gallas
Escritor, poeta e jornalista
Aconteceu na manhã de sábado, 29 do corrente,
no Cemitério da Igualdade, em Parnaíba-PI, a entrega feita por dr. Valdeci
Cavalcante à comunidade parnaibana, do túmulo restaurado da poetisa Luíza Amélia
de Queiroz Brandão.
O túmulo encontrava-se bastante deteriorado tanto pela ação do
tempo, como também pela falta de cuidados,
talvez, até porque, Luíza Amélia, que foi a primeira mulher poeta no
Piauí, não tenha parentes residindo em
Parnaíba.
Em uma visita recente ao
cemitério de Parnaíba, Elmar Carvalho convidou o poeta e jornalista Claucio
Ciarlini para que o acompanhasse nessa visita cujo objetivo principal seria ir
até o túmulo de Josélia, irmã do poeta Elmar, falecida prematuramente em um
acidente automobilístico no dia 02 de
junho de 1978, deixando saudades imensas que perduram até hoje.
Pois bem, nessa visita, Elmar resolveu olhar outros túmulos de
pessoas ilustres que contribuíram com seu trabalho para o desenvolvimento de
Parnaíba, como por exemplo, o do professor
Amstein. Foi quando depararam-se com o
túmulo da poeta em deplorável situação, ameaçando ruir, caso nenhuma
providência fosse tomada.
Imediatamente Elmar colocou a
gravidade da situação em uma reunião da Academia Piauiense de Letras, bem assim
em suas redes sociais.
Tão logo tomou conhecimento do
assunto, o empresário, presidente da
Fecomércio-PI, Valdeci Cavalcante, incumbiu-se da responsabilidade de mandar
executar, às suas expensas, a
restauração do referido túmulo.
Agora a restauração já concluída
é entregue à sociedade parnaibana.
Em seu discurso, no momento da solenidade, Valdeci Cavalcante afirmou que "Luiza Amélia possui um dom divino"
referindo-se ao desejo da poetisa de ser sepultada à sombra de uma gameleira e
que, misteriosamente nasceu em seu túmulo um frondoso pé de gameleira que
continua viçoso até hoje, mesmo depois de um século.
Concordo com Valdeci Cavalcante.
Luíza Amélia parece ter mesmo "um dom divino" e exercer uma certa força sobre a natureza. Senão vejamos: nos três últimos
dias que antecederam à solenidade, choveu bastante na cidade de Parnaíba,
entretanto, no sábado pela manhã a chuva fez uma trégua e a solenidade pode ser
levada a efeito sem qualquer problema.
Na fala do poeta
Elmar Carvalho, quem iniciou os
discursos da solenidade, o poeta afirma que Valdeci Cavalcante é o
"Mecenas da Parnaíba" isto porque, o empresário parnaibano vive a
praticar o mecenato, ou seja, com o seu próprio dinheiro, ou através das instituições
que preside, vive a incentivar e a
patrocinar produção a literária e cultural da sua terra natal, bem assim
restaurar prédios e patrimônios históricos da
cidade.
O superintendente de Cultura do
município de Parnaíba, jornalista Arlindo Leão,
ao usar da palavra ressaltou que "Valdeci faz tudo por amor, não
por voto", o que foi bastante aplaudido.
José Luiz de Carvalho, escritor,
jornalista e presidente da Academia Parnaibana de Letras em eloquente discurso
ressaltou as qualidades e a preocupação
de Valdeci Cavalcante em zelar pelo patrimônio cultural de Paranaíba e citou
que, brevemente, em local privilegiado,
a Praça da Graça, Parnaíba estará recebendo
uma estátua de Simplício Dias,
confeccionada por artista parnaibano e paga com recursos próprios de
Valdeci Cavalcante.
O cerimonial ficou a cargo
da professora Lurdes Gomes que mais uma
vez mostrou a sua desenvoltura e facilidade na comunicação.
A solenidade entrega da restauração do túmulo da poetisa
Luíza Amélia, apesar de ter sido de forma singela foi bastante significativa
para a cultura parnaibana.
Além dos discursos já citados os
poetas Claucio Ciarlini e Souza Filho declamaram poesias de Luiza Amélia.
Os poetas Claucio Ciarlini e
Souza Filho recitaram poemas
da poetisa Luíza Amélia.
A Academia Parnaibana de Letras
se fez presente ao evento na pessoa de seu presidente José Luiz de Carvalho,
dos acadêmicos Antonio Gallas, Claucio Ciarlini, Roberto Cajubá, além de Elmar
Carvalho e Valdeci Cavalcante que também são membros do sodalício.
Luíza Amélia de Queiroz Brandão é
patrona da cadeira 28 da Academia Piauiense de Letras, ocupada por Moisés Reis
e da cadeira de nº 24 da Academia Parnaibana de Leras cujo ocupante atual é o
escritor Pádua Marques.
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