Cachaça
Luiz Lopes Sobrinho (1905 – 1984)
Bendita és tu, cachaça, que
aviltando
E destruindo personalidades,
Levantas templos, formas até
frades,
Que só de ingratos vão te
condenando!
Por que, depois de andar dias
boiando,
Das pluviais águas nas imensidades,
Noé, poisando em terra, com
saudades
Do quente vinho, a vinha foi
plantando?!
Por que nas bodas de Caná, Jesus,
Ele que é bom! que é justo! é
Deus! é Luz!
No primeiro milagre que operou,
Sendo a cachaça tão paradoxal
Que nos fazendo bem, causasse o
mal,
Por que, tanta água, em vinho
transformou?!
Porque tanta água em vinho transformou
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