sexta-feira, 27 de maio de 2022

O MEMORIAL DE CHICO PEREIRA

Fonte: Google

 

O MEMORIAL DE CHICO PEREIRA


Elmar Carvalho


Na sessão de ontem da APL, exibindo um impresso extraído do Blog do Zan, disse que não desejava  explanar nenhum assunto, mas apenas fazer uma pergunta, dirigida ao presidente da APL, Reginaldo Miranda, e ao presidente do Conselho Estadual de Cultura, professor Paulo Nunes.

Inicialmente, li o seguinte trecho, extraído do aludido blog: “Sábado passado, na residência do deputado Paulo Martins, conversamos eu [Zeferino Alves Neto, o Zan], o médico Domingos José e o gerente do BnB, Gilberto Alves, com a presidente da Fundação Cultural, Sônia Terra, sobre o andamento da concretização da instalação do Memorial [Francisco Pereira da Silva] em Campo Maior, criado pela lei 5.445, de 25 de maio de 2005. Sônia Terra disse que isso está no momento, na dependência das entidades que indicariam os membros que comporiam o Conselho Administrativo. Até o momento, apenas três entidades indicaram seus representantes”.

Isto posto, perguntei ao presidente da APL e ao do Conselho de Cultura se haviam recebido pedido de indicação de representante, tendo ambos respondido que não tinham conhecimento de tal solicitação. O ex-presidente da APL, que passou quatro anos no cargo, também disse não se recordar de tal pedido. Ficou assentado que pedido dessa natureza não tem nenhuma dificuldade em ser deferido.

Algumas observações desejo fazer. A lei já está com cinco anos, e nenhuma providência concreta foi tomada. Mesmo que a solicitação tivesse sido feita, poderia ter sido renovada, e acredito que o Conselho de Cultura e a Academia não iriam ter nenhuma dificuldade em indicar um representante, pois isso não demanda nem tempo, nem dinheiro e nem esforço. Além do mais, salvo melhor juízo, a obra poderia ser tocada sem a necessidade de criação desse Conselho, que segundo a referida lei, tem caráter deliberativo e consultivo, e, por isso mesmo, só seria efetivamente necessário após a criação do Memorial, uma vez que foi previsto para administrá-lo, e não para construí-lo.

Obras muito maiores e mais caras o governo faz sem precisar de conselho nenhum, mas tão somente de sua vontade política e de recurso financeiro. Mas, se a dificuldade é mesmo essa, que se crie logo esse bendito conselho, sem mais delongas. De qualquer sorte, existe um ditado que diz que, quando se quer emperrar alguma coisa, basta que se criem comitês, ou conselhos, o que dá no mesmo. 

21 de março de 2010

2 comentários:

  1. Amigo, Elmar, doze anos depois e seu texto continua atual. Certas burocracias têm esse intuito: dificultar a existência da memória.

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  2. Infelizmente, o que o amigo disse acima é verdade.

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