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Privilégio
Newton de Freitas (1920 – 1940)
Tenho um lápis na mão, vou
escrever como sempre.
É noite, mas choveu a tarde toda
e faz frio agora.
A lua está mais pálida, boiando,
envolta na gaze das nuvens alvas
e redondas,
brincando de esconde-esconde com
as estrelas...
Mas, por que amo a luz, os astros
e o luar?
Por que descubro poesia em
centenas de paisagens?
Eu nasci para amar a Natureza
inteira,
para admirar as grandezas de
Deus,
para glorificar o Amor e a
Beleza.
Eu nasci para compreender a
linguagem das cousas,
para extasiar-me ante o sublime.
Ver o sorriso das estrelas
piscando nas noites bonitas,
a música do vento a espantar os
silêncios
e a luz abençoada revelando a
formosura.
Eu nasci para amar,
para viver de joelhos, em
alumbramento!
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