quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

TEMPO, MEMÓRIA E METALINGUAGEM NO ROMANCE HISTÓRIAS DE ÉVORA, DE ELMAR CARVALHO



TEMPO, MEMÓRIA E METALINGUAGEM NO ROMANCE HISTÓRIAS DE ÉVORA, DE ELMAR CARVALHO


Carlos Evandro M. Eulálio

 

Histórias de Évora é o primeiro romance do poeta, cronista e crítico literário Elmar Carvalho, membro da Academia Piauiense de Letras. Trata-se de uma narrativa de fundo memorialista, visto que algumas cenas narradas se aproximam de acontecimentos vivenciados pelo próprio autor. Isso se evidencia nas primeiras páginas do livro, ao nos advertir sobre o espaço onde se passam as ações da narrativa:

A minha Évora é uma cidade fictícia, uma mistura de Parnaíba e Campo Maior dos anos 70 e 80, mas com uma pitada de outras cidades, a que sou ligado por laços sanguíneos e sentimentais. (CARVALHO, 2017, p. 10).

A essa advertência, segue-se um esclarecimento sobre a representação do tempo na narrativa em vários capítulos do livro. Esse procedimento metalinguístico e ao mesmo tempo intertextual tem sido um recurso recorrente na construção do discurso ficcional moderno. A profa. Giacomet cita como exemplo desse modelo de narrativa a obra São Bernardo, de Graciliano Ramos,

[...] quando Paulo Honório diz ao personagem Azevedo Gondim que não quer seu livro em “Língua de Camões” (RAMOS, 1995, p. 5), está estabelecendo uma relação intertextual de oposição a uma outra poética, a uma linguagem literária utilizada pelo classicismo. Em contrapartida, oferece ao leitor uma linguagem clara, despojada e concisa, efetua assim uma opção, evidencia uma poética de reconstrução e estabelece conexão entre o dizer e o fazer. O personagem age, então, metalinguisticamente, desnuda e questiona o processo de escritura do romance e projeta na narrativa o procedimento (GIACOMET, 2022, p.378).

No capítulo III (O apelo do sexo), o narrador situa o leitor no período em que acontecem as Histórias de Évora (décadas de 1970 e 1980). Nesse capítulo, põe em relevo a época em que ainda predominava, principalmente no Nordeste, o tabu da virgindade e sua preservação até antes do casamento. Refere-se ao fato de, àquela época, a mulher nordestina manter-se virgem em tais circunstâncias, como valor moral resguardado pelas famílias. Sabia-se que a pílula anticoncepcional já existia desde os anos 1960, 

[...], mas ninguém falava, e muito menos era usada pelas moças solteiras de então (CARVALHO, 2017, p. 31).

Para enfatizar o que afirma, o narrador cita Reginaldo Rossi que em um de seus grandes sucessos menciona esse tipo de rejeição, certamente aludindo ao seguinte trecho da canção A Raposa e as Uvas, sucesso musical desse cantor, no ano de 1982:     

A pílula já existia
Mas nem se falava
Pois nos muitos conselhos
Que tua mãe te dava
Tinha um que dizia
Só depois de casar                             

Mais adiante, em outro trecho, a personagem Marcos se dirige ao seu quarto [...] para ler uma antologia de poemas brasileiros que a Fename – MEC havia publicado (CARVALHO, 2017, p. 34).

Trata-se da Fundação Nacional de Material Escolar, órgão responsável pela política do livro didático e pelas publicações do Ministério da Educação, por sinal, extintas no início dos anos 1980.

São inúmeras as cenas indicadoras do tempo na narrativa, principalmente aquelas que nos capítulos primeiros aludem à iniciação sexual de Marcos que acontece no Quartel General ou QG, tradicional prostíbulo de Évora, com a veterana Doralice, sem compromisso sentimental. A exemplo de muitos jovens da classe média dos anos 1960/70, perder a virgindade com uma prostituta também era uma forma de afirmar a própria masculinidade para os amigos do grupo de convivência social. Esse era o costume da época, pois sendo

[...] rito de passagem é visto como uma necessidade de afirmação como homem diante de si e da sociedade, além de satisfazer uma curiosidade (LAGENEST, 1960, p.9).

 

Diferente dos dias atuais, quando o adolescente tem sua primeira relação sexual com a namorada. Isso também, devido à liberdade sexual conquistada pelas mulheres nos últimos anos. Na literatura brasileira, a iniciação sexual de crianças e adolescentes com prostitutas tem registro em algumas obras, como nos romances Menino de Engenho (1932), de José Lins do Rego, e Amar, Verbo Intransitivo (1927), de Mário de Andrade.

Embora não se mencionem na obra fatos relacionados ao período ditatorial brasileiro (1964-1985), principalmente nos anos de chumbo (1968 a 1974), quando houve a perda dos direitos civis e políticos e a censura prévia aos meios de comunicação em 1970, a representação e o imaginário que se constroem no romance mostra não uma juventude engajada nas lutas contra a ditadura, mas uma juventude distante da realidade da época, portanto, afastada das ações políticas e partidárias:

[...] Foi nessa época que, tanto por idealismo, como para fugir de sua melancolia, {Marcos} reuniu Mário Cunha, Fabrício Moreira, Cazuza, William Meneses e outros amigos para criarem um jornal alternativo, opinativo e teria um espaço literário, para publicação de crônicas, contos, poemas e artigos. Nele Mário Cunha e outros artistas poderiam divulgar seus desenhos e caricaturas com a utilização de estêncil (3) adequado. Não seria vinculado a nenhum partido ou grupo político (CARVALHO, 2017, p. 79).

            Noutra passagem, no capítulo III, o narrador refere-se aos jovens sem emprego e sem dinheiro, que passeavam no entorno dos cabarés,

[...] para espiar o movimento, enquanto ouviam os sucessos musicais do momento, sobretudo músicas românticas, recheadas de muita paixão, adultério e amores infelizes. Das velhas vitrolas evolavam as vozes de Waldick Soriano, Roberto Müller, Evaldo Braga, José Ribeiro, Carmem Silva e outros (CARVALHO, 2017, p.31).

            São implícitas nesses trechos do romance Histórias de Évora, as consequências do golpe militar de 1964 que contribuíram para a alienação e o retrocesso de nossos jovens e da nossa educação escolar nos âmbitos cultural e político. Acrescente-se que, além da censurar conteúdos de história e geografia, o regime militar tratou de retirar dos currículos escolares disciplinas que criavam hábitos de raciocínio, como Latim, Sociologia e Filosofia, para em contrapartida introduzir as famigeradas matérias OSPB (Organização Social e Política Brasileira) e Estudos Brasileiros, a fim de enaltecerem os valores do regime ditatorial. Em entrevista à Teresinha Queirós, o autor, respondendo sobre como reagia à censura durante o regime militar, diz:

A minha geração aflorou literariamente durante o regime militar, durante a época do 477, do AI-5, numa época em que não podia haver reuniões de estudantes nas universidades. Isso fez com que houvesse em nossos textos uma forte carga social, de denúncia, mas também fez com que exercitássemos a criatividade, para driblarmos a censura. Entretanto, a pior censura é a autocensura, fruto de nossos preconceitos, tabus, medos e mistificações (CARVALHO, 2006, p. 159).  

Em Histórias de Évora a metalinguagem também preside o ato de criação do narrador. Identificamos no romance dois tipos: um  autor-narrador em terceira pessoa (heterodiegético), que não participa dos fatos que expõe, e um narrador-personagem ou narrador-protagonista (autodiegético) em primeira pessoa gramatical, sob a forma de um “eu” que vivencia suas experiências.(1) Essa tipologia se esclarece no capítulo XI (Música e Memória), quando o autor-narrador, usando da estratégia metalinguística machadiana, intervém na  primeira pessoa para justificar sua atuação:  

[...] Julgo de bom alvitre, até para quebrar a monotonia desta narrativa, em que trato, sobretudo dos anos de puberdade e da juventude de meu protagonista, intercalar alguns trechos de suas memórias e de suas lembranças de Évora, bem como de alguns eborenses que ficaram na história oral da cidade. Portanto, a seguir, e em outros capítulos deste livro, interpolarei escritos de Marcos Azevedo, elaborados, alguns, em sua madureza e, outros, quando ele já descambava para a terceira idade. [...] Os textos, desentranhados de Histórias de Évora, Mitologia de Évora e Memórias, serão transcritos em itálico e entre aspas, para que não paire nenhuma dúvida sobre a autoria, porém, sem indicação expressa de título da obra e autor” (CARVALHO, 2017, p. 61).

            Estamos, por conseguinte, diante de um narrador, cuja função, além de narrar, funde seu papel com o de um autor-implícito, para explicar o modo de conduzir a narrativa. Essa voz do autor-narrador, na visão de Bakchtin constitui uma segunda voz,

[...] não a voz direta do escritor, mas um ato de apropriação refratada de uma voz social qualquer de modo a poder ordenar um todo estético, visto que não são as ideias do escritor que entram no objeto estético, mas sua refração (FARACO, 2005, p.40).

Esse mesmo narrador, muito antes, no capítulo VI (Évora e suas Histórias, p.79), esclarece o projeto literário de Marcos: escrever três livros em bases intertextuais (2): Histórias de Évora, Memórias e Mitologia de Évora. Segue-se então uma exposição, detalhando as estratégias que serão utilizadas na escritura desses livros, para logo depois informar que Mitologia de Évora foi escrito e publicado, quando Marcos houvera completado 36 anos de idade, já casado e com dois filhos. Assim, antecipa essa informação ao leitor sobre o destino da personagem, que será visto adiante nos capítulos finais XXXVII (Seus Olhos são negros, negros, p.171) e XXXVIII (Epílogo, p.177). No capítulo XXXV (Uma História da Cera de Carnaúba), o narrador interrompe o curso da narração, dirigindo-se ao leitor nos seguintes termos:

Vamos dar um salto na história de Marcos Azevedo. O rapaz, após concluir o antigo científico, fez o curso de Direito em sua cidade natal, também como aluno no Liceu Eborense. [...] Dois anos após a conclusão superior, foi aprovado em concurso público, para o cargo de Fiscal de Tributos Federais. Conseguiu ser lotado na Agência da Receita Federal de Évora, em cujo prédio funcionava a Alfândega local (CARVALHO, 2017, p.161)

 

A partir desse capítulo, cessa a participação do narrador-personagem Marcos que, de certa forma, discreta e indiretamente é em algumas passagens do romance uma espécie de alterego do autor, conforme ele próprio afirma:

Não há negar: em certos momentos Marcos pode ser considerado como uma espécie de meu alterego, porém em outras situações o meu protagonista é uma completa figura fictícia (CARVALHO, 2017, p. 10).

            Em certos trechos do romance, a personagem Marcos apresenta identidade de pontos de vista com o autor. Na entrevista que concede à professora Maria do Socorro Rios Magalhães, Elmar, além de mostrar seu interesse compulsivo pela leitura, declara:

[...] li a biblioteca de minha madrinha e a pequena biblioteca de meu pai. Mas lia vários outros livros, principalmente de história e sobre literatura. De modo que sempre fui um interessado da área de humanidades (CARVALHO, 2006, p.170).

No romance, sabe-se que a personagem Marcos

[...] Tinha certo pavor à matemática, e estudava apenas o suficiente para passar de ano. Entretanto, era um dos primeiros alunos em História, Geografia, Português, Literatura e outras disciplinas da área de humanidades (CARVALHO, 2017, p. 27).

            Na entrevista com a professora Teresinha Queiroz, solicitado a falar sobre sua vivência parnaibana de juventude, de cultura e de jornal, Elmar alude a respeito de sua participação em jornais desde os 16 anos. Cita como foi sua atuação

[...] no jornal Inovação que congregou um grupo muito atuante e muito questionador de pessoas inteligentes que cultivavam a leitura e eram bem informados (CARVALHO, 2006, p. 156).

Em Histórias de Évora, Marcos e mais cinco colegas do Liceu, quando cursava o terceiro ano ginasial,

 

[...] idealizaram um jornal mural que tinha colunas com notícias, informações sociais artigos, crônicas e poemas. Eventualmente publicava seus textos. [...] O Arauto, assim se chamava o jornal estudantil. [...] em Évora, vez ou outra, publicava contos e crônicas no jornal tipográfico A Batalha (CARVALHO, 2017, p. 27).

Esses e outros traços do autor em comum com os do protagonista do romance estão presentes em quase todos os seus capítulos. Ressalte-se, porém, que essa semelhança entre autor e personagem acontece como forma de potencializar a verossimilhança (4) no romance. Para Antônio Cândido,

A personagem é um ser fictício, expressão que soa como paradoxo. De fato, como pode uma ficção ser? Como pode existir o que não existe? No entanto, a criação literária repousa sobre este paradoxo e o problema da verossimilhança no romance depende desta possibilidade de um ser fictício, isto é, algo que, sendo uma criação da fantasia, comunica a impressão da mais lídima verdade existencial. Podemos dizer, portanto, que o romance se baseia antes de mais nada, num certo tipo de relação entre o ser vivo e o ser fictício, manifestada através da personagem, que é a concretização deste (CANDIDO, 1976, p. 55).  

Portanto, na visão de Antônio Cândido as personagens fictícias de um romance têm por base ou fonte de inspiração essa relação entre a pessoa e o ser vivo, a partir de cujos traços físicos, psicológicos e comportamentais os escritores as constroem.   

O romance Histórias de Évora compõe-se de 38 capítulos, que se concentram não apenas na trajetória de Marcos da adolescência à fase adulta, mas também na história de outras personagens do ponto de vista do protagonista. Estas se desenvolvem paralelamente às demais. São textos autônomos entre si, à semelhança de contos dispostos em capítulos que poderiam ser lidos em separado. Eis alguns exemplos: Capítulos XII e XIII -  Confissões (1 e 2), sobre as decepções e frustrações amorosas e sexuais de Pedro Pinto Pereira; Capítulos XXII e XXIII - A serra encantada (1 e 2), acerca do desaparecimento de João Galdino em caçadas com amigos na Serra do Cachimbo e de seus  possíveis contatos com seres extraterrestres, sugerindo a hipótese do fantástico; Capítulo XXV - A Matrona de Évora, focado na história de Ângela Fontenele que aos 15 anos é instada pelos pais a casar-se contra sua vontade com Constantino, muito mais velho que ela; Capítulo XXVII - O voo do Pardal, sobre a aventura de Eugênio Dantas, o Ícaro Eborense, que constrói uma Asa Delta, sendo por ela vitimado, e o Capítulo XXXIV -  O Segredo de Matilde, mulher imponente e enigmática, sobre cuja virgindade, mesmo depois de casada e divorciada ainda persiste dúvida.

Além dos capítulos mencionados, após o Epílogo (capítulo XXXIII), desfecho da trama principal, em suas páginas finais o romance inclui um ANEXO, com o subtítulo Outras Histórias de Évora. O anexo reúne 15 crônicas ou minicontos memorialistas que Marcos publicou aos 62 anos de idade, sobre tipos humanos da vida social de Évora:

[...] Eram textos curtos, densos, que a crítica e os doutos não souberam classificar ao certo se seriam crônicas memorialistas, contos ou apenas simples “causos” anedóticos (CARVALHO, 2017, p.183).

Histórias de Évora é um romance de época, que se constrói a partir de textos de vários gêneros, uma tendência da narrativa de ficção contemporânea. Trata-se, conforme mencionamos, de um romance desmontável, conceito concebido por Rubem Braga, na análise que faz do livro Vidas Secas de Graciliano Ramos, cujos capítulos possuem certa independência e, por isso, podem ser lidos separadamente. Como vimos, Histórias de Évora é um romance que traz inovações por incorporar em sua estrutura híbrida elementos metalinguísticos e intertextuais que sem dúvida ampliarão o repertório de informações do leitor e por abordar temas do cotidiano, numa linguagem clara, concisa e sedutora.          

NOTAS

1. No admirável ensaio Histórias de Évora, uma ficção do erotismo, amor e saudade, o escritor Cunha e Silva Filho, focaliza a questão do narrador, identificando o narrador 1, que relata os fatos relacionados ao protagonista e o narrador 2, na condição de escritor, que “tem um caráter de complementaridade no conjunto do enredo do narrador 1.

2. Intertexto, na definição de Júlia Kristeva, refere-se a “(...) todo texto se constrói como mosaico de citações, todo texto é absorção e transformação de um outro texto (...)” (2005: 68). O escritor Umberto Eco, citado por  Wender Marcell Leite Souza (UFMT), ao falar sobre o seu romance O Nome da Rosa aponta a importância de outros livros na construção do seu, “Descobri o que os escritores sempre souberam (e nos disseram muitas e muitas vezes): os livros sempre falam sobre outros livros, e toda estória conta uma estória que já foi contada” (apud HUTCHEON, 1991: 167).

 

3. Estêncil: Folha de papel fino especial que recebe gravações na forma de pequenas perfurações obtidas com o uso de máquina de escrever e estilete, para servir de matriz para a impressão por mimeógrafo.

 



4. Verossimilhança: O substantivo verossimilhança e o adjetivo verossímil contêm dois radicais: vero, que significa verdadeiro e símil, semelhante, parecido. Portanto, verossímil é aquilo que parece ser verdadeiro, que é semelhante à verdade, que pode acontecer na realidade. O verossímil, como se vê, é um simulacro da verdade, na medida em que é verdadeiro apenas na aparência. Referência: Blogue do prof. Ernâni Terra https://www.ernaniterra.com.br/verossimilhanca, acessado em 1º/12/2022.

REFERÊNCIAS


AMORIM, Ramom. O romance desmontável como experiência radical da narrativa contemporânea.https://leiturascontemporaneas.org/2020/07/02/o-omance-desmontavel-como-experiencia-radical-da-narrativa-contemporanea. Acessado em 1º/12/2022.

CANDIDO, Antônio et al. A personagem de ficção. São Paulo, Editora Perspectiva, 1991.

CARVALHO, Elmar. Histórias de Évora. Teresina: Academia Piauiense de Letras, 2017. (Coleção Século XXI, 15).

 

CARVALHO, Elmar. Lira dos Cinquentanos. Teresina: FUNDAPI, 2006.

 

CARVALHO, Elmar. Histórias de Évora, op. cit. p.13/23.

 

DUARTE, Alessandra, citada por Gabriela Naiara de Souza Candeu, Paula Ferreira Vermeersch in A Ditadura Militar e suas consequências na consciência da educação como política. Universidade Estadual Paulista – UNESP.

 

FARACO, Carlos Alberto. Autor e Autoria in BRAIT, Beth (org). Bakhtin: conceitos-chave. São Paulo: Contexto, 2005.  

 

GENETTE, Gérard. Discurso da narrativa. Lisboa: Edições 70, 1972.

 

GIACOMET, Michele. Metalinguagem: a meta do discurso romanesco moderno, In Revista Acadêmica Educação e Cultura em Debate, V. 8, N. 1, jan./dez. 2022, p. 378/386, acessado em 20/11/2022

 

LAGENEST, Barruel. Lenocínio e Prostituição no Brasil. Rio de Janeiro: Agir, 1975, citado em https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/37393/37393_6.PDF.

 

ROSSI, Reginaldo. As raposas e as uvas. https://www.letras.mus.br/reginaldo-rossi, acessado em 20/11/2022.

 

SILVA FILHO, Cunha e. Histórias de Évora, uma ficção do erotismo, amor e saudade in

 

SOUSA, Wender Marcell Leite. A literatura como diálogo: Um percurso histórico do intertexto.pdf – Adobe Acrobat Reader DC, acessado em 20/11/2022.   

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